Blog da Luiza - Gestar 2


quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Oficina 11 - Unidade 21


Programa Gestar II – Língua Portuguesa – Cerejeiras – RO

Relatório Oficina 11 – (1ª parte)
Unidade 21
A argumentação

No dia 15 de setembro de 2009, aconteceram em Cerejeiras - RO as oficinas(matutino e vespertino) referentes à Unidade 21, TP 06, que tem como tema a argumentação.
Iniciamos com o vídeo “O saber e o sabor”, no qual alguns especialistas em educação tecem comentários sobre a aquisição do saber, a que chamam “a degustação do saber”. Falam sobre a relação professor- aluno e relacionam os processos de retenção do conhecimento com atitudes comportamentais dos professores e dos alunos em sua relação diária com o saber. Rubem Alves, com suas inesquecíveis metáforas, compara a memória com a panela em que se cozinha o macarrão para concluir que tudo o que for significativo, servir para a vida, será retido pela memória enquanto o que sobrar, ou não estiver ligado à vivência do aluno será descartado como a água em que se cozinha o macarrão.
Fizemos uma mesa redonda para discutirmos o conteúdo do vídeo de onde pudemos destacar as seguintes conclusões dos cursistas:
· O professor de verdade é aquele que procura descobrir o novo. Ele tem que se sentir provocado;
· Para ser professor é necessário se juntar ao aluno na aventura de descobrir;
· O nosso maior desafio hoje é ensinar a pensar, uma tarefa que está se tornando mais árdua devido a uma série de fatores, entre eles: o comodismo e a preguiça;
· Em todas as falas dos professores me encontrei com os meus sentimentos em relação à educação, principalmente quando um dos especialistas disse que o professor se beneficia de estar em contato com o aluno, que os jovens têm pensamentos rápidos e isso se junta a experiência do professor;
· É impossível ensinar a quem se nega a aprender e, o pior de tudo é ver todos contra os professores, pedagogos, escritores, políticos, pais, psicólogos e todos que fazem a Educação. Você não vê ninguém a favor do professor.

Realizamos também e em conjunto, em pequenos grupos, o estudo da unidade que foi socializado em seguida. Cada grupo ficou responsável por apresentar uma das seções da unidade aos colegas do curso. Foi bastante interessante essa atividade pois pudemos comprovar em loco quais os cursistas que estão realmente se empenhando em realizar o estudo individual antes da sessão coletiva. Os grupos fizeram cartazes, que utilizaram para apresentar suas conclusões.
Para concluir o estudo da TP e verificar se os objetivos da unidade foram alcançados foram produzidos textos argumentativos, que serão postados em seguida a este.
É necessário fazer aqui uma observação sobre as estratégias utilizadas nesta sessão presencial. Devido a dificuldade que encontramos em relação aos estudos individuais(que, aparentemente, não estavam sendo realizados a contento), resolvemos alterar mais uma vez o formato dos encontros quinzenais, osquais, a partir de agora serão divididos em duas partes. Em cada uma delas será socializada uma unidade do TP e, isso será feito, de preferência, pelos próprios cursistas, com a orientação da formadora.

Luiza Oliveira de Assunção
Formadora de Língua Portuguesa
Gestar II Cerejeiras- RO

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Sobre o acompanhamento:

Acompanhamento
Durante toda a semana passada estive visitando as escolas, realizando junto aos cursistas o primeiro passo para elaboração do Projeto Interdisciplinar:
  • Na Escola Tancredo, com a Professora Jaqqueline(coordenadora pedagógica) analisamos um esboço do projeto que tem como objetivo geral desenvolver a leitura de textos informativos, utilizando diversas estratégias sugeridas no material do Gestar II. Seu objetivo também se estende ao desenvolvimento da capacidade de leitura e interpretação de textos nas outras disciplinas. Sugeri à professora que ela se unisse ao professor de português da(s) turma(s) com a qual ela deseja interagir que pode ajudá-la a resolver alguns problemas e/ou dirimir eventuais dúvidas.
  • Na Escola Jerônimo, estive com a cursista Flomena, que me colocou a par das dificuldades encontradas pela equipe gestora daquela escola em relação à indisciplina. Também ali foi sugerido que ela trabalhasse em conjunto com outros professores na implementação do projeto.
  • Na Escola Castro Alves, com a coordenadora pedagógica, que também é cursista do programa, fiquei sabendo de sua intenção de trabalhar com textos informativos utilizando técnicas de identificação da estrutura e das ideias principais na elaboração de resumos.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Sobre o projeto:


Mais um passo do programa Gestar II em Cerejeiras.


Iniciamos na última semana, aqui em Cerejeiras, os encontros individuais visando à elaboração do projeto interdisciplinar que os cursistas deverão implementar junto a seus alunos. Nesse primeiro momento com os cursistas, minha prioridade é orientá-los, de forma individual para que possam começar já, agora que se familiarizaram com a proposta do programa, a realizarem as escolhas dos aspectos que poderão priorizar na elaboração e execução desse projeto.
Muitos já têm em mente as sequências didáticas e os conteúdos que pretendem priorizar em seu projeto, bem como as turmas que serão beneficiadas por ele.

Em breve estaremos realizando aqui as postagens referentes a essa atividade.

Autobiografia

Meu nome é Luiza Oliveira de Assunção, nasci aos 19 de dezembro de 1965, na cidade de Deodápolis, Mato Grosso do Sul.
Antes de completar sete anos, meu pai resolveu se mudar com a família para a capital de São Paulo, onde pretendia melhores oportunidades de emprego e estudo para os filhos.

A primeira escola de que me lembro ficava na capital de São Paulo, num bairro chamado Penha de França. Era um prédio de três andares e chamava-se Colégio Padre Antão. Eu me recordo bem das escadas, que era por onde eu, ainda criança, corria em busca da merenda e das brincadeiras do recreio. Na sala de aula, me recordo apenas de um professor de quinta-série. Ele era negro, alto, magro e muito sisudo, mas eu me identificava muito com ele, ele dava aulas de Português e, com certeza, foi o responsável pelo gosto que adquiri pela leitura.

O que mais me fascinavam eram os textos que me transportavam para um mundo de fantasia, cheio de emoção e de alegria. Eu me concentrava tanto nas leituras, nas histórias, que perdia a noção do tempo, da realidade, e muitas vezes fui repreendida duramente por isso, pois tinha que cuidar dos serviços da casa primeiro e, muitas vezes, me surpreendiam com um livro nas mãos, entretida com as aventuras dos personagens.
Pegava livros emprestados na biblioteca da escola, na biblioteca pública e dos meus professores. Adorava entrar em livrarias e sonhava em um dia poder adquirir todos aqueles livros ali expostos. Era meu sonho de consumo. Meus irmãos mais velhos também contribuíam trazendo material de leitura para mim. Gibis, revistas, livros os mais diversos, fotonovelas e outros. Tinha preferência por textos narrativos e que tivessem bastantes diálogos.
Aos onze anos de idade nos mudamos novamente. Agora para a cidade de Campo Grande. Ali, estudei numa escola muito boa, cujo nome homenageava o Padre Heitor Castoldi. Datam dessa época algumas lembranças muito boas como o contato com a música e as festas regionais.
Permanecemos somente um ano naquele lugar, de onde saímos atraídos pela possibilidade de adquirir um pedaço de terra. Viemos para Rondônia em 1978 e nos instalamos inicialmente na cidade de Colorado do Oeste e depois no sítio que meu pai ganhou do Incra.
Essa nova morada ficava localizada muito distante da cidade e, por isso, fui obrigada a interromper meus estudos na sétima série do ensino fundamental. Também rarearam as possibilidades de acesso a qualquer material de leitura, então lia o que me caía nas mãos.
Aos dezesseis anos me casei e, um ano depois, já era professora numa escolinha rural em turmas multisseriadas.
Logo em seguida me inscrevi num curso de formação de professores à distância, o Logos II.
Com minha sede de saber, consegui alcançar, nesse curso, um dos recordes dos quais me orgulho em meus estudos. Concluí o curso em menos de quatorze meses, realizando até quatorze provas em um só dia.
Assim “formada”, resolvi me mudar, com minha família para a cidade de Cerejeiras, quando fui trabalhar na Escola Tancredo Neves, isso em 1986.

Trabalhava com turmas do primário, segunda e terceira série, a maior parte do tempo.
Em 1995, surgiu a oportunidade de realizar mais um dos meus sonhos, um curso de graduação na área de Língua Portuguesa. Era um curso da UNIR, Universidade Federal de Rondônia. Quando comecei o curso, fui convidada a trabalhar com as séries finais do ensino fundamental e o ensino médio.
Em 2000, seis meses depois de minha formatura, fui surpreendida em minhas convicções pela demissão. O Governo do Estado, alegando a necessidade de enxugar a folha de pagamento, demitiu um grande número de funcionários.
Fiquei desesperada! Já havia percebido que a educação era a minha vida e não poderia viver de outra forma. Busquei por diversos meios reaver meu cargo, mas foi tudo em vão, percebi que não poderia tê-lo de volta. Minha salvação foram as escolas particulares e algumas aulas pelo município, até poder voltar. Agora de acordo com a lei. Com nível superior e concurso público. Fiz o concurso em 2001, passei e fui chamada pra tomar posse no meu cargo de Professora Nível III em abril do mesmo ano. Em 2008, fui convidada a fazer parte da equipe do Gestar II em Cerejeiras como formadora de Língua Portuguesa, com o qual espero poder contribuir para a formação continuada de muitos outros colegas professores e, dessa forma, ajudar na melhoria do qualidade da educação que é oferecida aos nossos jovens estudantes, principalmente, daqueles que são foco do programa, de sexto ao nono ano.


E o futuro? A Deus pertence... Mas acredito que estou deixando a minha contribuição para que ele seja melhor.