Blog da Luiza - Gestar 2


quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Variantes Linguísticas: Desfazendo Equívocos

Foi no dia 01 de Dezembro que realizamos, aqui em Cerejeiras, a oficina referente à Unidade 02 do TP 01, Variantes Linguísticas: Desfazendo equívocos.
Nesse encontro pudemos refletir e, realmente, desfazer alguns equívocos sobre a concepção de ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa e, mais especificamente sobre as variantes linguísticas. Os cursistas relataram as atividades desenvolvidas no período que antecedeu o encontro e trabalharam em grupo o conteúdo do módulo. Puderam concluir que:
  1. A norma culta, como um dos dialetos da língua, não pode ser tratada nem  melhor nem pior que os outros;
  2. .O texto escrito (como o literário, por exemplo) pode fugir dos padrões ditados pela norma culta.
  3. O ensino da língua deve abranger as formas escritas e orais;
Realizamos uma pequena confraternização de final de ano e encaminhamos as atividades para o próximo encontro, que deverá acontecer no ínicio do mês de março do próximo ano.

Desejamos a todos um feliz natal e um próspero ano novo.

Luiza Oliveira de Assunção
Formadora de Língua Portuguesa
Gestar II - Cerejeiras - RO

 

 

sábado, 19 de dezembro de 2009



O Natal é uma festa do Amor. O Amor de Deus por nós, o Amor de Jesus pela humanidade, tão grande que chega ao ponto de vir compartilhar conosco nossas tristezas e alegrias. Que esse sacrifício do Filho de Deus por nós possa ser valorizado por todos.

Feliz Natal e um Próspero Ano Novo
a todos os gestaleiros!!!!!!!

sábado, 5 de dezembro de 2009

Oficina 01 – Variantes lingüísticas: Dialetos e registros

No dia 17 de Novembro realizamos, em Cerejeiras – RO, o encontro presencial referente à Unidade 01 do Caderno de Teoria e Prática 01, Variantes lingüísticas: Dialetos e Registros.

Como de costume fizemos uma oração inicial e, em seguida, assistimos à primeira parte da palestra da Leila Navarro. Resolvi compartilhar esse material com meus cursistas visando à sua motivação e dividi a mesma em duas partes para não comprometer o estudo do conteúdo do TP. Na seqüência das atividades planejadas para esse momento, fizemos a divisão do conteúdo por seção para ser trabalhado em grupos.

Os cursistas socializaram o conteúdo estudado e puderam concluir que:

• Língua e cultura se inter-relacionam sendo uma a representação da outra;

• A língua é usada de forma diferente dependendo de alguns fatores como: idade, gênero, região, classe social, profissão;

• Além disso, ainda ocorrem as interferências pessoais no uso da língua a que chamamos idioleto;

• De forma mais exclusiva ainda tem que ser visto os registros que caracterizam-se como formal e informal e adequados às diversas situações de uso;

Após um pequeno intervalo, refletimos sobre o conteúdo visto e o papel do professor diante dessas diversas situações de uso da língua com a apresentação do texto “Nóis mudemo”(autor desconhecido). Pudemos concluir que é de extrema relevância o papel da Educação no sentido de não-exclusão do indivíduo da sociedade e, principalmente, da escola, com base no uso que ele faz da língua. Encerramos o encontro com a produção de um texto dissertativo pelos cursistas sobre o tema Língua e Exclusão, no qual eles puderam expor seu ponto de vista a respeito do assunto:

“O educador precisa ter o cuidado ao ensinar que a língua não é estática e que as variações lingüísticas devem ser aceitas e trabalhadas de uma maneira dinâmica para não haver exclusão e nem bloqueio no educando”(Maria Terezinha S. Vieira)

“Enquanto educadores, precisamos ficar atentos em relação ao modo de falar de cada aluno, pois a escola é o ambiente que poderá ajudá-lo a conhecer a própria língua, conhecer e estudar a gramática, aprender a utilizá-la na produção de textos escritos e, até mesmo, a se expressar adequadamente diante de diferentes situações do cotidiano.” (Lucimar de Souza)

“Deve haver um cuidado e uma forma de trabalhar as diferenças de dialetos, principalmente na sala de aula, para que todos percebam sua importância, seu valor dentro da sociedade e que conheçam outros dialetos, sem sentir-se menosprezados.”(Gilmara Gomes M. Lacerda)

“Observa-se que o ensino atual, roteirista e conteudista, visa ensinar a gramática da língua, deixando em segundo plano os objetivos essenciais que são ouvir, falar, ler e escrever. Seguindo esses métodos, a escola possibilita a exclusão e não a inclusão do aluno na sociedade.” (Genilsa Aparecida da Silva).

Como pode ser visto, acreditamos que esse encontro foi bastante eficaz no que se refere à reflexão que fizemos tendo como tema o ensino e a aprendizagem da língua portuguesa em sala de aula. Temos a certeza que contribuímos um pouco mais para a mudança nas concepções desse ensino por parte dos professores.

Luiza Oliveira de Assunção

Formadora de Língua Portuguesa

Gestar II – Cerejeiras – RO

Autobiografia

Meu nome é Luiza Oliveira de Assunção, nasci aos 19 de dezembro de 1965, na cidade de Deodápolis, Mato Grosso do Sul.
Antes de completar sete anos, meu pai resolveu se mudar com a família para a capital de São Paulo, onde pretendia melhores oportunidades de emprego e estudo para os filhos.

A primeira escola de que me lembro ficava na capital de São Paulo, num bairro chamado Penha de França. Era um prédio de três andares e chamava-se Colégio Padre Antão. Eu me recordo bem das escadas, que era por onde eu, ainda criança, corria em busca da merenda e das brincadeiras do recreio. Na sala de aula, me recordo apenas de um professor de quinta-série. Ele era negro, alto, magro e muito sisudo, mas eu me identificava muito com ele, ele dava aulas de Português e, com certeza, foi o responsável pelo gosto que adquiri pela leitura.

O que mais me fascinavam eram os textos que me transportavam para um mundo de fantasia, cheio de emoção e de alegria. Eu me concentrava tanto nas leituras, nas histórias, que perdia a noção do tempo, da realidade, e muitas vezes fui repreendida duramente por isso, pois tinha que cuidar dos serviços da casa primeiro e, muitas vezes, me surpreendiam com um livro nas mãos, entretida com as aventuras dos personagens.
Pegava livros emprestados na biblioteca da escola, na biblioteca pública e dos meus professores. Adorava entrar em livrarias e sonhava em um dia poder adquirir todos aqueles livros ali expostos. Era meu sonho de consumo. Meus irmãos mais velhos também contribuíam trazendo material de leitura para mim. Gibis, revistas, livros os mais diversos, fotonovelas e outros. Tinha preferência por textos narrativos e que tivessem bastantes diálogos.
Aos onze anos de idade nos mudamos novamente. Agora para a cidade de Campo Grande. Ali, estudei numa escola muito boa, cujo nome homenageava o Padre Heitor Castoldi. Datam dessa época algumas lembranças muito boas como o contato com a música e as festas regionais.
Permanecemos somente um ano naquele lugar, de onde saímos atraídos pela possibilidade de adquirir um pedaço de terra. Viemos para Rondônia em 1978 e nos instalamos inicialmente na cidade de Colorado do Oeste e depois no sítio que meu pai ganhou do Incra.
Essa nova morada ficava localizada muito distante da cidade e, por isso, fui obrigada a interromper meus estudos na sétima série do ensino fundamental. Também rarearam as possibilidades de acesso a qualquer material de leitura, então lia o que me caía nas mãos.
Aos dezesseis anos me casei e, um ano depois, já era professora numa escolinha rural em turmas multisseriadas.
Logo em seguida me inscrevi num curso de formação de professores à distância, o Logos II.
Com minha sede de saber, consegui alcançar, nesse curso, um dos recordes dos quais me orgulho em meus estudos. Concluí o curso em menos de quatorze meses, realizando até quatorze provas em um só dia.
Assim “formada”, resolvi me mudar, com minha família para a cidade de Cerejeiras, quando fui trabalhar na Escola Tancredo Neves, isso em 1986.

Trabalhava com turmas do primário, segunda e terceira série, a maior parte do tempo.
Em 1995, surgiu a oportunidade de realizar mais um dos meus sonhos, um curso de graduação na área de Língua Portuguesa. Era um curso da UNIR, Universidade Federal de Rondônia. Quando comecei o curso, fui convidada a trabalhar com as séries finais do ensino fundamental e o ensino médio.
Em 2000, seis meses depois de minha formatura, fui surpreendida em minhas convicções pela demissão. O Governo do Estado, alegando a necessidade de enxugar a folha de pagamento, demitiu um grande número de funcionários.
Fiquei desesperada! Já havia percebido que a educação era a minha vida e não poderia viver de outra forma. Busquei por diversos meios reaver meu cargo, mas foi tudo em vão, percebi que não poderia tê-lo de volta. Minha salvação foram as escolas particulares e algumas aulas pelo município, até poder voltar. Agora de acordo com a lei. Com nível superior e concurso público. Fiz o concurso em 2001, passei e fui chamada pra tomar posse no meu cargo de Professora Nível III em abril do mesmo ano. Em 2008, fui convidada a fazer parte da equipe do Gestar II em Cerejeiras como formadora de Língua Portuguesa, com o qual espero poder contribuir para a formação continuada de muitos outros colegas professores e, dessa forma, ajudar na melhoria do qualidade da educação que é oferecida aos nossos jovens estudantes, principalmente, daqueles que são foco do programa, de sexto ao nono ano.


E o futuro? A Deus pertence... Mas acredito que estou deixando a minha contribuição para que ele seja melhor.