Blog da Luiza - Gestar 2


quarta-feira, 22 de julho de 2009

Avaliação diagnóstica ( de entrada)

Maria de Jesus, Claci e eu, na Escola Jerônimo Santana onde estivemos aplicando a avaliação diagnóstica de Língua Portuguesa do Gestar II



Nos dias 15, 16 e 17 de julho de 2009 foram aplicadas as avaliações de Língua Portuguesa do Gestar II no município de Cerejeiras. O processo de deu da seguinte forma: foram escolhidas previamente, e de forma aleatória, uma turma de cada série, de cada escola que participa do programa, com exceção do Ceeja, que está terminando o semestre em regime seriado, e as escolas municipais, que ainda não optaram pela aplicação das referidas avaliações. O cronograma da aplicação das avaliações ficou assim:
1. Escola Castro Alves – 15 de julho – turmas: 6°A, 7°B, 8°C e 9°A;
2. Escola Tancredo de Almeida Neves – 16 de julho – turmas: 6°A, 7°B, 8°C e 9°A;
3. Escola Jerônimo Garcia de Santana – 18 de julho – turmas: 6°A, 7°B, 8°C e 9°A;

A equipe encarregada de aplicar as avaliações nas escolas foi formada por mim, Luiza, formadora de Língua Portuguesa do Gestar II em Cerejeiras, a Professora Maria de Jesus, coordenadora do Gestar I e II no município e a Professora Claci, formadora de Língua Portuguesa do Gestar I. Também a Professora Gislene, da REN/SEDUC, esteve nos auxiliando em alguns momentos.

No primeiro dia de aplicação das avaliações contamos com a colaboração da supervisora pedagógica da escola, a professora Elenara, que também é umas das cursistas do programa. No segundo dia, na escola Tancredo de Almeida Neves, quem nos auxiliou foi a Professora Jacqueline e, no terceiro dia, na Escola Jerônimo Garcia de Santana, a Professora Flomena, ambas supervisoras pedagógicas das referidas escolas e cursistas do Gestar II.

Os alunos nos surpreenderam já no primeiro dia quanto à duração das avaliações. De acordo com nossas estimativas, eles levariam de duas a três aulas pra concluírem a atividade, mas, para nossa surpresa, em menos de uma hora, alguns alunos já começaram a entregar as avaliações. É importante frisar que tudo foi feito com bastante cuidado, levando em conta as condições que tal atividade era desenvolvida, mas sem privar os alunos de sua liberdade individual de, por exemplo, entregar as avaliações quando estivessem prontas, deixando assim a responsabilidade pelo resultado, exclusivamente a seu cargo, ou seja, dos alunos. Não foram feitas leituras das avaliações e sim tiradas dúvidas em relação às questões quando e onde elas surgissem, dando autonomia para os alunos realizarem as atividades individualmente.

Nenhum comentário:

Autobiografia

Meu nome é Luiza Oliveira de Assunção, nasci aos 19 de dezembro de 1965, na cidade de Deodápolis, Mato Grosso do Sul.
Antes de completar sete anos, meu pai resolveu se mudar com a família para a capital de São Paulo, onde pretendia melhores oportunidades de emprego e estudo para os filhos.

A primeira escola de que me lembro ficava na capital de São Paulo, num bairro chamado Penha de França. Era um prédio de três andares e chamava-se Colégio Padre Antão. Eu me recordo bem das escadas, que era por onde eu, ainda criança, corria em busca da merenda e das brincadeiras do recreio. Na sala de aula, me recordo apenas de um professor de quinta-série. Ele era negro, alto, magro e muito sisudo, mas eu me identificava muito com ele, ele dava aulas de Português e, com certeza, foi o responsável pelo gosto que adquiri pela leitura.

O que mais me fascinavam eram os textos que me transportavam para um mundo de fantasia, cheio de emoção e de alegria. Eu me concentrava tanto nas leituras, nas histórias, que perdia a noção do tempo, da realidade, e muitas vezes fui repreendida duramente por isso, pois tinha que cuidar dos serviços da casa primeiro e, muitas vezes, me surpreendiam com um livro nas mãos, entretida com as aventuras dos personagens.
Pegava livros emprestados na biblioteca da escola, na biblioteca pública e dos meus professores. Adorava entrar em livrarias e sonhava em um dia poder adquirir todos aqueles livros ali expostos. Era meu sonho de consumo. Meus irmãos mais velhos também contribuíam trazendo material de leitura para mim. Gibis, revistas, livros os mais diversos, fotonovelas e outros. Tinha preferência por textos narrativos e que tivessem bastantes diálogos.
Aos onze anos de idade nos mudamos novamente. Agora para a cidade de Campo Grande. Ali, estudei numa escola muito boa, cujo nome homenageava o Padre Heitor Castoldi. Datam dessa época algumas lembranças muito boas como o contato com a música e as festas regionais.
Permanecemos somente um ano naquele lugar, de onde saímos atraídos pela possibilidade de adquirir um pedaço de terra. Viemos para Rondônia em 1978 e nos instalamos inicialmente na cidade de Colorado do Oeste e depois no sítio que meu pai ganhou do Incra.
Essa nova morada ficava localizada muito distante da cidade e, por isso, fui obrigada a interromper meus estudos na sétima série do ensino fundamental. Também rarearam as possibilidades de acesso a qualquer material de leitura, então lia o que me caía nas mãos.
Aos dezesseis anos me casei e, um ano depois, já era professora numa escolinha rural em turmas multisseriadas.
Logo em seguida me inscrevi num curso de formação de professores à distância, o Logos II.
Com minha sede de saber, consegui alcançar, nesse curso, um dos recordes dos quais me orgulho em meus estudos. Concluí o curso em menos de quatorze meses, realizando até quatorze provas em um só dia.
Assim “formada”, resolvi me mudar, com minha família para a cidade de Cerejeiras, quando fui trabalhar na Escola Tancredo Neves, isso em 1986.

Trabalhava com turmas do primário, segunda e terceira série, a maior parte do tempo.
Em 1995, surgiu a oportunidade de realizar mais um dos meus sonhos, um curso de graduação na área de Língua Portuguesa. Era um curso da UNIR, Universidade Federal de Rondônia. Quando comecei o curso, fui convidada a trabalhar com as séries finais do ensino fundamental e o ensino médio.
Em 2000, seis meses depois de minha formatura, fui surpreendida em minhas convicções pela demissão. O Governo do Estado, alegando a necessidade de enxugar a folha de pagamento, demitiu um grande número de funcionários.
Fiquei desesperada! Já havia percebido que a educação era a minha vida e não poderia viver de outra forma. Busquei por diversos meios reaver meu cargo, mas foi tudo em vão, percebi que não poderia tê-lo de volta. Minha salvação foram as escolas particulares e algumas aulas pelo município, até poder voltar. Agora de acordo com a lei. Com nível superior e concurso público. Fiz o concurso em 2001, passei e fui chamada pra tomar posse no meu cargo de Professora Nível III em abril do mesmo ano. Em 2008, fui convidada a fazer parte da equipe do Gestar II em Cerejeiras como formadora de Língua Portuguesa, com o qual espero poder contribuir para a formação continuada de muitos outros colegas professores e, dessa forma, ajudar na melhoria do qualidade da educação que é oferecida aos nossos jovens estudantes, principalmente, daqueles que são foco do programa, de sexto ao nono ano.


E o futuro? A Deus pertence... Mas acredito que estou deixando a minha contribuição para que ele seja melhor.