Blog da Luiza - Gestar 2


quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Professor que se dedica,
que valoriza a profissão,
que conhece o seu valor
  e a sua responsabilidade....
PARABÉNS!!!!
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Professor inesquecível



É verdade. Todos temos uma lembrança, seja ela agradável ou não,
 de uma dessas figuras que, para nós, se tornou marcante.
 Eu também tenho.

Meu professor inesquecível era alto, forte, sisudo e calado.
 Mesmo assim me impressionou. Hoje me pergunto por que, entre tantos
 e tantas professoras que eu tive justamente esse não me sai da lembrança.
 Não que eu preferisse me lembrar de outro. Às vezes imagino
 que seja por ele ser professor de língua portuguesa,
 matéria com a qual eu sempre me identifiquei.
 Sempre gostei muito de ler e isso nós,
o professor Luis e eu, compartilhávamos.
 Faz tanto tempo...

Hoje, eu também sou professora e,
 quando penso nisso,  fico imaginando...

 Qual a lembrança que eu quero deixar nos meus alunos?




quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Paixão de Educar: Você não pode ser minha professora!

Até quando poderemos nos iludir?
Vejam o vídeo.
Paixão de Educar: Você não pode ser minha professora!: "Encontramos um vídeo americano disponível na internet e resolvemos traduzir para os professores brasileiros que não dominam a lingua ingles..."

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Mensagem de hoje, pense:

A coisa mais importante que você possui é o dia de hoje.
O dia de hoje, mesmo que esteja espremido entre o ontem e o amanhã, deve merecer sua total prioridade.
         Só hoje você pode ser feliz; o amanhã ainda não chegou e já é muito tarde  para ter sido feliz ontem.
A grande maioria das nossas dores é fruto dos restos de ontem
ou dos medos de amanhã.
Viva o dia de hoje com sabedoria: decida como irá alimentar seus minutos, o seu trabalho,
o seu descanso, e faça tudo que seja possível para que o dia de hoje seja seu, já que ele lhe foi dado tão generosamente.
        Respeite-o de tal maneira que, quando for dormir, você possa dizer:
        Hoje eu fui capaz de viver e amar.


Fonte: Yahoo-mensagens

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

PRALER - Oficina inaugural


Dia 09 de Setembro de 2010, nas dependências da Escola Floriano Peixoto, aconteceram as sessões presenciais coletivas referentes à apresentação do Programa e dos cursistas, bem como da equipe do PRALER, coordenadora e formadora.

Falamos sobre nossas experiências profissionais e sobre as nossas expectativas em relação ao Programa. As palavras que se destacaram na definição dessa expectativa foram: aprendizado, conhecimento, troca de experiências, compromisso, responsabilidade, desafio e paixão. Essa atividade foi muito importante, pois possibilitou uma grande interação entre os participantes, todos estiveram bastante atentos e participativos.
Através de slides, apresentamos o programa: objetivo, metodologia, concepção pedagógica de ensino e de aprendizagem, modalidade, carga horária, material.

Encaminhamos as atividades para o estudo da primeira unidade que tratará do tema “Perspectivas Avaliativas no Processo Educacional”.

Também foi solicitado que os professores respondessem uma entrevista que nos proporcionará uma maior interação do contexto atual da alfabetização. Constam dessa entrevista questões sobre seus alunos, suas turmas, seu dia a dia em sala de aula, bem como de sua experiência como alfabetizador.
Os cursistas avaliaram esse encontro como satisfatório em todos os aspectos e se mostraram ansiosos pelo próximo, que deverá acontecer no dia 23 de setembro.


Luiza Oliveira de Assunção
Formadora PRALER
Cerejeiras - RO






Cursistas do PRALER em Cerejeiras - RO






segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Em minhas navegações por esse mundo virtual, encontrei esse texto, que retrata, de certa forma um realidade ( se é assim que podemos chamar) vivida por muitos profissionais da educação, em nosso país.
Senti-me compelida a compartilhá-lo com meus leitores.
Felizmente existem profissionais como a personagem desse conto, porém, infelizmente, eles se deparam com as dificuldades, os impecilhos para se fazer o que acham melhor pela sua profissão.
Gostaria muito que todos nós pudéssemos, e tivéssemos condições de exercer nosso ofício como ele deve ser exercido, com garra e determinação, mas também gostaria que tivéssemos valorização profissional.

"Um sonho que se sonha só, é apenas um sonho. Mas um sonho que sonhamos juntos, pode se tronar realidade."
(Raul Seixas)

A professora e a Maleta

(Lygia Bojunga)

      A Professora era gorducha; a maleta também. A Professora era jovem; a maleta era velha, meio estragada.
      A Professora gostava de ver a classe contente. Mal entrava na sala e já ia contando uma coisa engraçada. Depois abria a maleta e escolhia o pacote do dia. Tinha pacotes pequenininhos, médios, grandes tinha pacote embrulhado em papel de seda, metido em saquinho de plástico, tinha pacote de tudo quanto é cor. Não era à toa que a maleta ficava gorda daquele jeito!
      Só pela cor do pacote as crianças já sabiam o que ia acontecer: pacote azul era dia de inventar brincadeiras de juntar menina e menino; não ficava mais valendo aquela história mofada de menino só brincar disso, menina só brinca daquilo, meninos do lado de cá, meninas do lado lá. Pacote cor-de-rosa era dia de aprender a cozinhar. A Professora remexia no pacote, entrava e saia da classe e, de repente pronto!     Mostrava um fogão com botijãozinho de gás e tudo. Era um tal de experimentar receita que só vendo. Um dia a diretora da escola entrou na sala, justo na hora que o Alexandre estava ensinando outro garoto a fazer bolinhos de trigo. Uma fumaceira medonha na sala de aula! Todas as crianças em volta do fogão palpitando: falta sal, bota pimenta, bota um pouquinho de salsa. A diretora sabia que estava na hora da aula de matemática. Que matemática era aquela que a Professora estava inventando? Não gostou da invenção, mas saiu sem dizer nada.
      Pacote vermelho era de viajar: saía retrato do mundo inteiro lá de dentro do pacote. Espalhavam aquilo tudo pela classe; enfileiravam as carteiras para fingir de avião e de trem. Quando chegavam aos retratos, um ia contando para o outro tudo o que sabia sobre aquele lugar.
     Tinha um pacote cor de burro quando foge que a Professora nunca chegou a abrir! Todo dia ela botava o pacote em cima da mesa. Mas na hora de abrir, ficava pensando se abria ou não e acabava guardando o pacote de novo.
      Pacote verde era dia de aprender a pregar botão, botar fecho, fazer bainha na calça e na saia. Se o verde era bem forte, era dia de aprender a cortar a unha e cabelo. Verde bem clarinho era dia de consertar e limpar os sapatos. E tinha ainda um verde, que não era forte nem claro: era um amarelo que as crianças adoravam. Era dia da Professora abrir o pacote de história. Cada história ótima!
      Tinha um pacote branco, que só servia para a professora esconder e para a turma brincar de achar.     Quem achava ia para o quadro negro dar aula. No princípio ninguém procurava direito. Coisa mais chata dar aula! E aula de quê?
      _ Conta a tua vida. Mostra o que você sabe fazer.
      Com o tempo, a turma deu para procurar direito o pacote. Era muito engraçada a tal aula!
      No dia em que o Alexandre achou o pacote, resolveu contar para a turma como é que ele vendia amendoim na praia. No melhor da aula, um grupo de pais de alunos que visitando a escola entrou na sala. Quando a aula acabou um deles perguntou a Professora: − A senhora está querendo ensinar meu filho a ganhar a vida vendendo amendoim? A Professora explicou que Alexandre só estava contando para os colegas como era o trabalho dele, para todos ficarem sabendo como é que ele vivia.
      No outro dia saiu fofoca: contaram para o Alexandre que tinha um pessoal que não estava gostando da maleta da Professora.
      _ Que pessoal?
      Um disse que era a diretora, outro disse que era uma outra professora, outro disse que outro falou, mas ninguém ficou sabendo direito!
      Uns dias depois choveu muito! Chuva grossa. Encheu a rua, o tráfego da cidade parou, casa desmoronou. Coisa a beça aconteceu. E quase ninguém foi à Escola. Mas Alexandre foi.
      Entrou na classe e viu tudo vazio. Chovia demais para voltar para casa. Resolveu sentar e esperar. Lá pelas tantas a Professora chegou. Mas chegou sem a maleta. E com jeito diferente, uma cara meio inchada, não contou coisa engraçada, não riu nem nada. Sentou e ficou olhando para o chão. Alexandre achou que ela nem tinha visto ele.
      _ Oi!
      Ela também disse oi! Mas continuou quieta. Depois de algum tempo, Alexandre cansou de tanto ninguém dizer nada e falou:
      _ A chuva molhou sua cara?
      A professora nem se mexeu. Ele perguntou:
      _ Foi a chuva?
      Ela fez que sim com a cabeça. Alexandre resolveu esperar mais um pouco. Mas pelo jeito a Professora tinha esquecido de dar aula. Será que era porque ela não tinha trazido a maleta? Arriscou:
      _ Cadê a maleta?
      A Professora olhou para ele sem saber muito bem o que dizer. Ele insistiu:
      _ Heim? Cadê?
      _ Perdi
      Ele se apavorou:
      _ Com tudo que tinha dentro?
      _ É
      _ Os pacotes todos?
      _ É
      _ O azul, o verde, o...
      _ É... É... É!
      Puxa que susto! Ela nunca tinha falado alto assim. Não perguntou mais nada. O coração ficou batendo, batendo, mas ela continuava sempre quieta até que ele não se aguentou e perguntou de novo:
      _ E agora? Como é que vai dar aula sem maleta?
      _ Não sei.
      _ Dá jeito de você comprar os pacotes de novo?
      _ Não.
      _ Por quê?
      Ela não disse nada.
      _ Responde... Por quê?
      _ Eles vêm junto com a maleta? Não vendem separados?
      _ Mas então compra outra maleta. Pronto.
      Ela ficou quieta de novo. E o tempo ia passando e ela continuava sempre quieta! A cara dela não secava nunca e não chovia lá dentro. Cada vez molhava mais! Então ele acabou pedindo:
      _ Compra, sim?
      _ Não dá Alexandre, eles não estão mais fabricando essas maletas hoje em dia.
      E aí... ele não perguntou mais nada. Ela também não falou mais. Até que a campainha tocou e a aula acabou.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Com muito orgulho parabenizamos a todos pelas atividades desenvolvidas e pelo sucesso do programa,
 e também, agradecemos pelo entusiasmo e dedicação,
mesmo diante de carga horária pesada...
Queremos destacar que Cerejeiras está dando um dos passos mais importantes para a transformação da educação, buscando um ensino de qualidade, o qual temos consciência, começa com muito trabalho e estudo!

Professora Genilsa apresenta o projeto Educação Ambiental: Uma possibilidade para desenvolver a leitura e a escrita.



A Professora Sara apresentou o projeto Falha Nossa.
Professora Janaína apresentando o Projeto Ler e Gostar é só Declamar.

Professora Maria de Jesus e Jésa. 

Professoras Jacqueline e Elenara e o Projeto Estação da Leitura.

Professoras Jésa e Izabel e o Projeto Valorizando a Cultura Indígena.

Professoras Fátima e Alessandra apresentando o Projeto Futebol: A Paixão Nacional.


Professora Márcia e o projeto Copa do Mundo: Conhecer para aprender.

Professora Elizângela e Rialma e seu Projeto Depoimentos e Causos de Cerejeiras.
Professora Márcia Gonzaga...

Professores cursistas assistem a apresentação dos Projetos
Professor Edimar apresentando seu Projeto.
Professor Wanderley....
Professora Gilmara apresenta o Projeto Hagaquê x Aprendizagem lúdica.



segunda-feira, 26 de julho de 2010

Obrigado, Senhor, pela minha escola!



Ela tem muitos defeitos. Como todas as escolas têm. Ela tem problemas, e sempre terá.

Quando alguns são solucionados, surgem outros, e a cada dia aparece uma nova preocupação.

Neste espaço sagrado, convivem pessoas muito diferentes.

Os estudantes vêm de famílias diversas e carregam com eles sonhos e traumas próprios.

Alguns são mais fechados. Outros gostam de aparecer. Todos são carentes. Carecem de atenção, de cuidado, de ternura.
Os professores são também diferentes. Há alguns bem jovens. Outros mais velhos. Falam coisas diferentes. Olham o mundo cada um à sua maneira.
Alguns sabem o poder que têm. Outros parecem não se preocupar com isso.

Não sabem que são líderes. São referenciais. Ou deveriam ser.
Funcionários.

Pessoas tão queridas, que ouvem nossas lamentações. E que cuidam de nós. Estamos juntos todos os dias.

Há dias mais quentes e outros mais frios. Há dias mais tranqüilos e outros mais tumultuados.
Há dias mais felizes e outros mais dolorosos. Mas estamos juntos.
E o que há de mais lindo em minha escola é que ela é acolhedora.
É como se fosse uma grande mãe que nos abraçasse para nos liberar somente no dia em que estivéssemos preparados para voar.
É isso.
Ela nos ensina nossa vocação. O vôo.
Nascemos para voar, mas precisamos saber disso. E precisamos, ainda, de um impulso que nos lance para esse elevado destino.
Não precisamos de uma escola que nos traga todas as informações. O mundo já cumpre esse papel.
Não precisamos de uma escola que nos transforme em máquinas, todas iguais.
Não.
Seria um crime reduzir o gigante que reside em nosso interior.
Seria um crime esperar que o vôo fosse sempre do mesmo tamanho, da mesma velocidade ou na mesma altura.
Minha escola é acolhedora.
Nela vou permitindo que a semente se transforme em planta, em flor. Ou permitindo que a lagarta venha a se tornar borboleta.
E sei que para isso não preciso de pressa. Se quiserem ajudar a lagarta a sair do casulo, talvez ela nunca tenha a chance de voar.
Pode ser que ela ainda não esteja pronta.
Minha escola é acolhedora.
Sei que não apreenderei tudo aqui. A vida é um constante aprendizado.
Mas sei também que aqui sou feliz.
Conheço cada canto desse espaço. As cores da parede. Os quadros. A quadra. A sala do diretor. A secretaria. A biblioteca.
Já mudei de sala muitas vezes.
Fui crescendo aqui. Conheço tudo. Passo tanto tempo neste lugar.
Mas conheço mais. Conheço as pessoas. E cada uma delas se fez importante na minha vida. Na nossa vida.
E, nessa oração, eu Te peço, Senhor, por todos nós que aqui convivemos. Por esse espaço sagrado em que vamos nascendo a cada dia.
Nascimento: a linda lição de Sócrates sobre a função de sua mãe, parteira.
A parteira que não faz a criança porque ela já está pronta. A parteira que apenas ajuda a criança a vir ao mundo. E faz isso tantas vezes. E em todas às vezes fica feliz, porque cada nova vida é única e merece todo o cuidado.
Obrigado, Senhor, pela minha escola! Por tudo o que de nós nasceu e nasce nesse espaço. Aqui, posso Te dizer que sou feliz.
E isso é o mais importante.
Amém!


Gabriel Chalita



quarta-feira, 30 de junho de 2010

Aviso aos cursistas

A segunda oficina de reposição do Gestar II de Língua Portuguesa acontecerá no dia 06 de julho de 2010, às 13h. O conteúdo a ser visto neste encontro é sobre os TPs 05 e 06, Estilo, Coerência e Coesão e Leitura e Processos de Escrita II.

Entrevista de José Saramago

De que maneira um professor de Língua Portuguesa incentiva e ajuda seus alunos a compor boas redações?
Saramago Pondo-os para ler em voz alta. Não há maneira melhor de ganhar consciência do que se lê, e, portanto, do que se poderá vir a escrever. O que os signos impressos mostram é o desenho da palavra "embalsamada". Só a leitura em voz alta a "ressuscita" completamente. Os docentes dirão que não há tempo para isso, mas depois não terão outro remédio que corrigir erros que poderiam ter sido evitados. Se é que verdadeiramente os corrigem. Porque corrigir não é traçar um risco vermelho debaixo da palavra. Corrigir é reconstruir a palavra na mente do aluno.

http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/ideias-claras-escrita-clara-423611.shtml acesso em 30 de junho de 2010

quarta-feira, 16 de junho de 2010


Foi muito importante o encontro com as equipes gestoras das escolas. Pudemos compartilhar os resultados das avaliações diagnósticas de entrada - Língua Portuguesa e Matemática e estabelecer um plano com metas a atingir, buscando melhorar os índices de desenvolvimento da educação em nosso município.
Também estiveram presentes a Representante da Seduc em Cerejeiras e o Secretário de Educação do Município. Todos mostrando o seu comprometimento com a Educação.
Parabéns a todos!!!!!!!!!!

"A educação não se faz com improvisos, mas com planejamento e compromisso."

Autobiografia

Meu nome é Luiza Oliveira de Assunção, nasci aos 19 de dezembro de 1965, na cidade de Deodápolis, Mato Grosso do Sul.
Antes de completar sete anos, meu pai resolveu se mudar com a família para a capital de São Paulo, onde pretendia melhores oportunidades de emprego e estudo para os filhos.

A primeira escola de que me lembro ficava na capital de São Paulo, num bairro chamado Penha de França. Era um prédio de três andares e chamava-se Colégio Padre Antão. Eu me recordo bem das escadas, que era por onde eu, ainda criança, corria em busca da merenda e das brincadeiras do recreio. Na sala de aula, me recordo apenas de um professor de quinta-série. Ele era negro, alto, magro e muito sisudo, mas eu me identificava muito com ele, ele dava aulas de Português e, com certeza, foi o responsável pelo gosto que adquiri pela leitura.

O que mais me fascinavam eram os textos que me transportavam para um mundo de fantasia, cheio de emoção e de alegria. Eu me concentrava tanto nas leituras, nas histórias, que perdia a noção do tempo, da realidade, e muitas vezes fui repreendida duramente por isso, pois tinha que cuidar dos serviços da casa primeiro e, muitas vezes, me surpreendiam com um livro nas mãos, entretida com as aventuras dos personagens.
Pegava livros emprestados na biblioteca da escola, na biblioteca pública e dos meus professores. Adorava entrar em livrarias e sonhava em um dia poder adquirir todos aqueles livros ali expostos. Era meu sonho de consumo. Meus irmãos mais velhos também contribuíam trazendo material de leitura para mim. Gibis, revistas, livros os mais diversos, fotonovelas e outros. Tinha preferência por textos narrativos e que tivessem bastantes diálogos.
Aos onze anos de idade nos mudamos novamente. Agora para a cidade de Campo Grande. Ali, estudei numa escola muito boa, cujo nome homenageava o Padre Heitor Castoldi. Datam dessa época algumas lembranças muito boas como o contato com a música e as festas regionais.
Permanecemos somente um ano naquele lugar, de onde saímos atraídos pela possibilidade de adquirir um pedaço de terra. Viemos para Rondônia em 1978 e nos instalamos inicialmente na cidade de Colorado do Oeste e depois no sítio que meu pai ganhou do Incra.
Essa nova morada ficava localizada muito distante da cidade e, por isso, fui obrigada a interromper meus estudos na sétima série do ensino fundamental. Também rarearam as possibilidades de acesso a qualquer material de leitura, então lia o que me caía nas mãos.
Aos dezesseis anos me casei e, um ano depois, já era professora numa escolinha rural em turmas multisseriadas.
Logo em seguida me inscrevi num curso de formação de professores à distância, o Logos II.
Com minha sede de saber, consegui alcançar, nesse curso, um dos recordes dos quais me orgulho em meus estudos. Concluí o curso em menos de quatorze meses, realizando até quatorze provas em um só dia.
Assim “formada”, resolvi me mudar, com minha família para a cidade de Cerejeiras, quando fui trabalhar na Escola Tancredo Neves, isso em 1986.

Trabalhava com turmas do primário, segunda e terceira série, a maior parte do tempo.
Em 1995, surgiu a oportunidade de realizar mais um dos meus sonhos, um curso de graduação na área de Língua Portuguesa. Era um curso da UNIR, Universidade Federal de Rondônia. Quando comecei o curso, fui convidada a trabalhar com as séries finais do ensino fundamental e o ensino médio.
Em 2000, seis meses depois de minha formatura, fui surpreendida em minhas convicções pela demissão. O Governo do Estado, alegando a necessidade de enxugar a folha de pagamento, demitiu um grande número de funcionários.
Fiquei desesperada! Já havia percebido que a educação era a minha vida e não poderia viver de outra forma. Busquei por diversos meios reaver meu cargo, mas foi tudo em vão, percebi que não poderia tê-lo de volta. Minha salvação foram as escolas particulares e algumas aulas pelo município, até poder voltar. Agora de acordo com a lei. Com nível superior e concurso público. Fiz o concurso em 2001, passei e fui chamada pra tomar posse no meu cargo de Professora Nível III em abril do mesmo ano. Em 2008, fui convidada a fazer parte da equipe do Gestar II em Cerejeiras como formadora de Língua Portuguesa, com o qual espero poder contribuir para a formação continuada de muitos outros colegas professores e, dessa forma, ajudar na melhoria do qualidade da educação que é oferecida aos nossos jovens estudantes, principalmente, daqueles que são foco do programa, de sexto ao nono ano.


E o futuro? A Deus pertence... Mas acredito que estou deixando a minha contribuição para que ele seja melhor.