Blog da Luiza - Gestar 2


quinta-feira, 3 de junho de 2010

Reformulação da Matriz Curricular/Cerejeiras - RO

No dia vinte e sete de maio reuniram-se nas dependências da UNOPAR os professores de 5 e 6 Anos da área de Português e Matemática, Supervisores, Diretores e/ou Vice diretores, a equipe da SEDUC e do Gestar para uma Reformulação da Matriz Curricular, visto a anterior encontrar-se com alguns conteúdos que não contemplam as Habilidades previstas nos PCNs, Gestar e Prova Brasil.

Num primeiro momento, deu-se a abertura com a fala da Prof. Lisete, Representante de Ensino do município e da Prof. Gislaine, Coordenação Pedagógica/REN, que agradeceu a presença de todos, pediu a colaboração para uma análise criteriosa e com responsabilidade para que a Educação possa vir a ter melhoras. Logo após foram apresentados os pontos críticos da Educação em Cerejeiras, baseados em dados estatísticos levantados através das Avaliações Diagnósticas do Gestar II, aplicadas na maioria das Escolas Municipais e Estaduais e, que foram corrigidas segundo critérios do Gestar II, denominados habilidades, que estão de acordo com as diretrizes dos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais).

A Prof.ª Luiza expôs as dificuldades dos alunos em Leitura, Interpretação e Produção de Textos, apresentando aleatoriamente, algumas amostras dos textos elaborados pelos alunos de 6 e 7 Ano, e falou das habilidades que, neste nível, os alunos já deveriam possuir. Em seguida, a Prof.ª Edna passou a apresentar as dificuldades em Matemática, constatando que os alunos, de um modo geral (6 ao 9 Ano), possuem baixo rendimento em volume, área, sistema de medidas, porcentagem e proporções.

A Professora Maria de Jesus, coordenadora do Gestar II em Cerejeiras, apresentou algumas informações a respeito da legislação sobre planejamento e realizou, junto com os presentes, uma reflexão a esse respeito, mostrando a necessidade de se planejar baseando-se na realidade da sala de aula, nos subsídios fornecidos pela avaliação diagnóstica. Enfatizou a necessidade do encontro, visto que a Matriz Curricular ora em vigor já não reflete as necessidades do momento atual.

Terminado esse período da reunião, os participantes foram divididos em dois grupos: os professores dos 6 Anos da área de Matemática e, outro grupo com os professores de 6 Ano da área de Português, distribuindo entre os dois grupos professores dos 5 Anos, supervisores e diretores, de tal forma que os dois incluíssem todas as funções.

Na parte de Matemática, a Prof.ª Édna, do Gestar II, ficou responsável em coordenar as atividades e, o outro grupo, composto pro professores de Língua Portuguesa, supervisores e professores do 5 ano, foi coordenado pela formadora de Língua Portuguesa, a professora Luiza, e pela coordenadora do Gestar II, Maria de Jesus. Foi apresentado ao grupo um quadro comparativo dos objetivos e capacidades dos PCNs, em relação às Habilidades exigidas na Prova Brasil e Gestar I e II, evidenciando que as Habilidades do Gestar e Prova Brasil contemplam os PCNs. Feito isso, dividiu o grupo em subgrupos. Esses subgrupos analisaram as Habilidades que cada Serie/Ano deveria ter ou atingir, os livros adotados neste ano e os planos de aulas. Distribuíram os conteúdos, por ano, de tal forma que ressaltassem as habilidades trabalhadas.

Durante esse debate, muitos professores, no grupo de Matemática, chegaram à conclusão de que os conteúdos de matemática apresentados nos planos de aula de 5 e 6 anos, estavam de acordo com o ano/série, mas havia a necessidade de se limitar até onde cada nível iniciaria e terminaria, para o próximo nível dar continuidade ao conteúdo, o que foi realizado, acordando isso entre os professores presentes.

Já no grupo de Língua Portuguesa houve consenso no que se refere a dar-se prioridade ao trabalho com os textos, desenvolvendo-se atividades de leitura, interpretação e produção de textos, principalmente, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, no caso, o 5 ano, que deixa de trabalhar com conteúdos que envolvam atividades de gramática pura e simples, como vinha sendo feito. Sendo assim, os professores estabeleceram os gêneros textuais que podem ser trabalhados no 5 ano e os que serão abordados nas séries seguintes.

Concluída essa parte, as formadoras Edna e Luiza/Maria de Jesus, cada uma no grupo que estava coordenando, socializaram a síntese dos subgrupos em um único documento, encerrando assim o encontro.

Um comentário:

adriana disse...

Ola Pessoal eu moro em belo horizonte /mg e estou procurando o meu irmão q mora ai em cerejeiras ja tem muito tempo q ñ o vejo se alguem o conhecer por favor entre em contato comigo pelo meu orkut
ou email adriana-ipr@hotmail.com/ adriana_ipr@oi.com.br
o nome dele é Marcelo (Teixeira)acho q este é o sobre nome dele ele veio de Reserva do cabaçal MT sei pouca coisa dele convivemos pouco
o pai dele mora em colniza conhecido como baixinho beira rio...(acho que a mãe dele chama marlucia)

agradeço pele a atenção de cada um.
boa tarde...

Autobiografia

Meu nome é Luiza Oliveira de Assunção, nasci aos 19 de dezembro de 1965, na cidade de Deodápolis, Mato Grosso do Sul.
Antes de completar sete anos, meu pai resolveu se mudar com a família para a capital de São Paulo, onde pretendia melhores oportunidades de emprego e estudo para os filhos.

A primeira escola de que me lembro ficava na capital de São Paulo, num bairro chamado Penha de França. Era um prédio de três andares e chamava-se Colégio Padre Antão. Eu me recordo bem das escadas, que era por onde eu, ainda criança, corria em busca da merenda e das brincadeiras do recreio. Na sala de aula, me recordo apenas de um professor de quinta-série. Ele era negro, alto, magro e muito sisudo, mas eu me identificava muito com ele, ele dava aulas de Português e, com certeza, foi o responsável pelo gosto que adquiri pela leitura.

O que mais me fascinavam eram os textos que me transportavam para um mundo de fantasia, cheio de emoção e de alegria. Eu me concentrava tanto nas leituras, nas histórias, que perdia a noção do tempo, da realidade, e muitas vezes fui repreendida duramente por isso, pois tinha que cuidar dos serviços da casa primeiro e, muitas vezes, me surpreendiam com um livro nas mãos, entretida com as aventuras dos personagens.
Pegava livros emprestados na biblioteca da escola, na biblioteca pública e dos meus professores. Adorava entrar em livrarias e sonhava em um dia poder adquirir todos aqueles livros ali expostos. Era meu sonho de consumo. Meus irmãos mais velhos também contribuíam trazendo material de leitura para mim. Gibis, revistas, livros os mais diversos, fotonovelas e outros. Tinha preferência por textos narrativos e que tivessem bastantes diálogos.
Aos onze anos de idade nos mudamos novamente. Agora para a cidade de Campo Grande. Ali, estudei numa escola muito boa, cujo nome homenageava o Padre Heitor Castoldi. Datam dessa época algumas lembranças muito boas como o contato com a música e as festas regionais.
Permanecemos somente um ano naquele lugar, de onde saímos atraídos pela possibilidade de adquirir um pedaço de terra. Viemos para Rondônia em 1978 e nos instalamos inicialmente na cidade de Colorado do Oeste e depois no sítio que meu pai ganhou do Incra.
Essa nova morada ficava localizada muito distante da cidade e, por isso, fui obrigada a interromper meus estudos na sétima série do ensino fundamental. Também rarearam as possibilidades de acesso a qualquer material de leitura, então lia o que me caía nas mãos.
Aos dezesseis anos me casei e, um ano depois, já era professora numa escolinha rural em turmas multisseriadas.
Logo em seguida me inscrevi num curso de formação de professores à distância, o Logos II.
Com minha sede de saber, consegui alcançar, nesse curso, um dos recordes dos quais me orgulho em meus estudos. Concluí o curso em menos de quatorze meses, realizando até quatorze provas em um só dia.
Assim “formada”, resolvi me mudar, com minha família para a cidade de Cerejeiras, quando fui trabalhar na Escola Tancredo Neves, isso em 1986.

Trabalhava com turmas do primário, segunda e terceira série, a maior parte do tempo.
Em 1995, surgiu a oportunidade de realizar mais um dos meus sonhos, um curso de graduação na área de Língua Portuguesa. Era um curso da UNIR, Universidade Federal de Rondônia. Quando comecei o curso, fui convidada a trabalhar com as séries finais do ensino fundamental e o ensino médio.
Em 2000, seis meses depois de minha formatura, fui surpreendida em minhas convicções pela demissão. O Governo do Estado, alegando a necessidade de enxugar a folha de pagamento, demitiu um grande número de funcionários.
Fiquei desesperada! Já havia percebido que a educação era a minha vida e não poderia viver de outra forma. Busquei por diversos meios reaver meu cargo, mas foi tudo em vão, percebi que não poderia tê-lo de volta. Minha salvação foram as escolas particulares e algumas aulas pelo município, até poder voltar. Agora de acordo com a lei. Com nível superior e concurso público. Fiz o concurso em 2001, passei e fui chamada pra tomar posse no meu cargo de Professora Nível III em abril do mesmo ano. Em 2008, fui convidada a fazer parte da equipe do Gestar II em Cerejeiras como formadora de Língua Portuguesa, com o qual espero poder contribuir para a formação continuada de muitos outros colegas professores e, dessa forma, ajudar na melhoria do qualidade da educação que é oferecida aos nossos jovens estudantes, principalmente, daqueles que são foco do programa, de sexto ao nono ano.


E o futuro? A Deus pertence... Mas acredito que estou deixando a minha contribuição para que ele seja melhor.