Blog da Luiza - Gestar 2
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Oficina 10
No dia 25 de agosto, realizamos aqui em Cerejeiras a oficina 10, que corresponde ao TP 05, às unidade 19 e 20: Coesão textual e Relaçoes lógicas no texto, respectivamente. Iniciamos o encontro com uma oração inicial que visa à reflexão sobre o nosso papel de aprendizes em constante formação.
Em seguida foram feitos os relatos dos cursistas a respeito da aplicação do Avançando na Prática das unidades em estudo. É importante destacar a experiência de uma das cursistas que aplicou a atividade de produção de textos(narrativo) orientada por questões que envolvem as marcas de coesão nesse tipo textual. O seu relato destaca a participação integral da turma, o que a deixou bastante satisfeita. Os alunos participaram intensamente da aula produzindo e comentando a atividade, que consideraram muito atrativa e produtiva, enfim, demonstraram ter gostado muito. A professora reconheceu que, a princípio, achou que fosse haver tumulto na aula mas foi surpreendida pois os alunos demonstraram grande interesse na execução da situação didática proposta.
A parte do estudo do TP foi realizada através da apresentação de slides sobre os temas, análises de textos, como a letra da música Luar do sertão e Passe em casa, que foram apresentadas por meio de videoclipes do Youtube, e o texto "Os sapos" que evidencia a negação como forma de estabelecer as relações lógicas no texto.
Depois de um breve intervalo, os grupos realizaram a análise do anúncio publicitário sugerido no TP e a produção do seu próprio texto que foi socializado em seguida, destacando o efeito semântico das negativas.
Podemos concluir que, apesar de alguns contratempos, como a falta de alguns cursistas, o encontro foi muito produtivo, pois além do estudo do TP e da produção do anúncio em grupo, estabelecemos um cronograma para o acompanhamento da elaboração dos projetos individuais, respeitando o espaço que os cursistas puderam nos disponibilizar.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Oficina de planejamento
Ontem, dia 18 de agosto foi realizada aqui em Cerejeiras a oficina de planejamento do Gestar II.
Estivemos reunidos, analisando os dados coletados a partir da avaliação diagnóstica realizada no mês passado.
Os cursistas puderam observar os gráficos e visualizar as habilidades que seus alunos precisam desenvolver daqui pra frente e, planejar as suas aulas baseando-se nessas informações.
Acreditamos ser esta uma atividade significativa para o prosseguimento das atividades do programa, para o qual buscamos sucesso.
Luiza
Estivemos reunidos, analisando os dados coletados a partir da avaliação diagnóstica realizada no mês passado.
Os cursistas puderam observar os gráficos e visualizar as habilidades que seus alunos precisam desenvolver daqui pra frente e, planejar as suas aulas baseando-se nessas informações.
Acreditamos ser esta uma atividade significativa para o prosseguimento das atividades do programa, para o qual buscamos sucesso.
Luiza
domingo, 16 de agosto de 2009
Formação Ji-Paraná
A turma mais bonita e mais inteligente!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Na semana de 10 a 14 de agosto, estivemos em Ji-Paraná participando da 2ª semana de capacitação do Gestar II em Rondônia. Estavam conosco os formadores de todo o estado e os professores da UNB, que vieram especialmente para oferecer-nos essa capacitação. Foi um encontro bastante proveitoso pois pudemos trocar ideias entre nós e ficamos sabendo do andamento do programa em todo estado. Os dois primeiros dias foram dedicados à socialização das atividades nos municípios. Foi muito bom saber que o programa está sendo bem encaminhado no estado. Os formadores, de uma maneira geral, mostraram-se otimistas e animados com seus cursistas, o que nos motivou ainda mais a continuar com nossas atividades aqui em Cerejeiras.
O restante da semana nos ocupamos em estudar os TPs 06, 01 e 02. Nossa professora, a Aya, nos trouxe várias sugestões de atividades para aplicarmos em nossas oficinas, que são bem interessantes. São reproduções de textos, slides e vídeos que tratam do conteúdo estudado.
Na quarta-feira, a equipe de Ji-Paraná nos ofereceu uma Noite Cultural, com apresentações diversas, inclusive atividades do Gestar desenvolvidas por cursistas daquele município com seus alunos. Foi muito interessante também as apresentações do balé e da orquestra, formada por jovens e adolescentes da cidade.
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Autobiografia
Meu nome é Luiza Oliveira de Assunção, nasci aos 19 de dezembro de 1965, na cidade de Deodápolis, Mato Grosso do Sul.
Antes de completar sete anos, meu pai resolveu se mudar com a família para a capital de São Paulo, onde pretendia melhores oportunidades de emprego e estudo para os filhos.
A primeira escola de que me lembro ficava na capital de São Paulo, num bairro chamado Penha de França. Era um prédio de três andares e chamava-se Colégio Padre Antão. Eu me recordo bem das escadas, que era por onde eu, ainda criança, corria em busca da merenda e das brincadeiras do recreio. Na sala de aula, me recordo apenas de um professor de quinta-série. Ele era negro, alto, magro e muito sisudo, mas eu me identificava muito com ele, ele dava aulas de Português e, com certeza, foi o responsável pelo gosto que adquiri pela leitura.
O que mais me fascinavam eram os textos que me transportavam para um mundo de fantasia, cheio de emoção e de alegria. Eu me concentrava tanto nas leituras, nas histórias, que perdia a noção do tempo, da realidade, e muitas vezes fui repreendida duramente por isso, pois tinha que cuidar dos serviços da casa primeiro e, muitas vezes, me surpreendiam com um livro nas mãos, entretida com as aventuras dos personagens.
Pegava livros emprestados na biblioteca da escola, na biblioteca pública e dos meus professores. Adorava entrar em livrarias e sonhava em um dia poder adquirir todos aqueles livros ali expostos. Era meu sonho de consumo. Meus irmãos mais velhos também contribuíam trazendo material de leitura para mim. Gibis, revistas, livros os mais diversos, fotonovelas e outros. Tinha preferência por textos narrativos e que tivessem bastantes diálogos.
Aos onze anos de idade nos mudamos novamente. Agora para a cidade de Campo Grande. Ali, estudei numa escola muito boa, cujo nome homenageava o Padre Heitor Castoldi. Datam dessa época algumas lembranças muito boas como o contato com a música e as festas regionais.
Permanecemos somente um ano naquele lugar, de onde saímos atraídos pela possibilidade de adquirir um pedaço de terra. Viemos para Rondônia em 1978 e nos instalamos inicialmente na cidade de Colorado do Oeste e depois no sítio que meu pai ganhou do Incra.
Essa nova morada ficava localizada muito distante da cidade e, por isso, fui obrigada a interromper meus estudos na sétima série do ensino fundamental. Também rarearam as possibilidades de acesso a qualquer material de leitura, então lia o que me caía nas mãos.
Aos dezesseis anos me casei e, um ano depois, já era professora numa escolinha rural em turmas multisseriadas.
Logo em seguida me inscrevi num curso de formação de professores à distância, o Logos II.
Com minha sede de saber, consegui alcançar, nesse curso, um dos recordes dos quais me orgulho em meus estudos. Concluí o curso em menos de quatorze meses, realizando até quatorze provas em um só dia.
Assim “formada”, resolvi me mudar, com minha família para a cidade de Cerejeiras, quando fui trabalhar na Escola Tancredo Neves, isso em 1986.
Trabalhava com turmas do primário, segunda e terceira série, a maior parte do tempo.
Em 1995, surgiu a oportunidade de realizar mais um dos meus sonhos, um curso de graduação na área de Língua Portuguesa. Era um curso da UNIR, Universidade Federal de Rondônia. Quando comecei o curso, fui convidada a trabalhar com as séries finais do ensino fundamental e o ensino médio.
Em 2000, seis meses depois de minha formatura, fui surpreendida em minhas convicções pela demissão. O Governo do Estado, alegando a necessidade de enxugar a folha de pagamento, demitiu um grande número de funcionários.
Fiquei desesperada! Já havia percebido que a educação era a minha vida e não poderia viver de outra forma. Busquei por diversos meios reaver meu cargo, mas foi tudo em vão, percebi que não poderia tê-lo de volta. Minha salvação foram as escolas particulares e algumas aulas pelo município, até poder voltar. Agora de acordo com a lei. Com nível superior e concurso público. Fiz o concurso em 2001, passei e fui chamada pra tomar posse no meu cargo de Professora Nível III em abril do mesmo ano. Em 2008, fui convidada a fazer parte da equipe do Gestar II em Cerejeiras como formadora de Língua Portuguesa, com o qual espero poder contribuir para a formação continuada de muitos outros colegas professores e, dessa forma, ajudar na melhoria do qualidade da educação que é oferecida aos nossos jovens estudantes, principalmente, daqueles que são foco do programa, de sexto ao nono ano.
E o futuro? A Deus pertence... Mas acredito que estou deixando a minha contribuição para que ele seja melhor.
Antes de completar sete anos, meu pai resolveu se mudar com a família para a capital de São Paulo, onde pretendia melhores oportunidades de emprego e estudo para os filhos.
A primeira escola de que me lembro ficava na capital de São Paulo, num bairro chamado Penha de França. Era um prédio de três andares e chamava-se Colégio Padre Antão. Eu me recordo bem das escadas, que era por onde eu, ainda criança, corria em busca da merenda e das brincadeiras do recreio. Na sala de aula, me recordo apenas de um professor de quinta-série. Ele era negro, alto, magro e muito sisudo, mas eu me identificava muito com ele, ele dava aulas de Português e, com certeza, foi o responsável pelo gosto que adquiri pela leitura.
O que mais me fascinavam eram os textos que me transportavam para um mundo de fantasia, cheio de emoção e de alegria. Eu me concentrava tanto nas leituras, nas histórias, que perdia a noção do tempo, da realidade, e muitas vezes fui repreendida duramente por isso, pois tinha que cuidar dos serviços da casa primeiro e, muitas vezes, me surpreendiam com um livro nas mãos, entretida com as aventuras dos personagens.
Pegava livros emprestados na biblioteca da escola, na biblioteca pública e dos meus professores. Adorava entrar em livrarias e sonhava em um dia poder adquirir todos aqueles livros ali expostos. Era meu sonho de consumo. Meus irmãos mais velhos também contribuíam trazendo material de leitura para mim. Gibis, revistas, livros os mais diversos, fotonovelas e outros. Tinha preferência por textos narrativos e que tivessem bastantes diálogos.
Aos onze anos de idade nos mudamos novamente. Agora para a cidade de Campo Grande. Ali, estudei numa escola muito boa, cujo nome homenageava o Padre Heitor Castoldi. Datam dessa época algumas lembranças muito boas como o contato com a música e as festas regionais.
Permanecemos somente um ano naquele lugar, de onde saímos atraídos pela possibilidade de adquirir um pedaço de terra. Viemos para Rondônia em 1978 e nos instalamos inicialmente na cidade de Colorado do Oeste e depois no sítio que meu pai ganhou do Incra.
Essa nova morada ficava localizada muito distante da cidade e, por isso, fui obrigada a interromper meus estudos na sétima série do ensino fundamental. Também rarearam as possibilidades de acesso a qualquer material de leitura, então lia o que me caía nas mãos.
Aos dezesseis anos me casei e, um ano depois, já era professora numa escolinha rural em turmas multisseriadas.
Logo em seguida me inscrevi num curso de formação de professores à distância, o Logos II.
Com minha sede de saber, consegui alcançar, nesse curso, um dos recordes dos quais me orgulho em meus estudos. Concluí o curso em menos de quatorze meses, realizando até quatorze provas em um só dia.
Assim “formada”, resolvi me mudar, com minha família para a cidade de Cerejeiras, quando fui trabalhar na Escola Tancredo Neves, isso em 1986.
Trabalhava com turmas do primário, segunda e terceira série, a maior parte do tempo.
Em 1995, surgiu a oportunidade de realizar mais um dos meus sonhos, um curso de graduação na área de Língua Portuguesa. Era um curso da UNIR, Universidade Federal de Rondônia. Quando comecei o curso, fui convidada a trabalhar com as séries finais do ensino fundamental e o ensino médio.
Em 2000, seis meses depois de minha formatura, fui surpreendida em minhas convicções pela demissão. O Governo do Estado, alegando a necessidade de enxugar a folha de pagamento, demitiu um grande número de funcionários.
Fiquei desesperada! Já havia percebido que a educação era a minha vida e não poderia viver de outra forma. Busquei por diversos meios reaver meu cargo, mas foi tudo em vão, percebi que não poderia tê-lo de volta. Minha salvação foram as escolas particulares e algumas aulas pelo município, até poder voltar. Agora de acordo com a lei. Com nível superior e concurso público. Fiz o concurso em 2001, passei e fui chamada pra tomar posse no meu cargo de Professora Nível III em abril do mesmo ano. Em 2008, fui convidada a fazer parte da equipe do Gestar II em Cerejeiras como formadora de Língua Portuguesa, com o qual espero poder contribuir para a formação continuada de muitos outros colegas professores e, dessa forma, ajudar na melhoria do qualidade da educação que é oferecida aos nossos jovens estudantes, principalmente, daqueles que são foco do programa, de sexto ao nono ano.
E o futuro? A Deus pertence... Mas acredito que estou deixando a minha contribuição para que ele seja melhor.