No dia 17 de Novembro realizamos, em Cerejeiras – RO, o encontro presencial referente à Unidade 01 do Caderno de Teoria e Prática 01, Variantes lingüísticas: Dialetos e Registros.
Como de costume fizemos uma oração inicial e, em seguida, assistimos à primeira parte da palestra da Leila Navarro. Resolvi compartilhar esse material com meus cursistas visando à sua motivação e dividi a mesma em duas partes para não comprometer o estudo do conteúdo do TP. Na seqüência das atividades planejadas para esse momento, fizemos a divisão do conteúdo por seção para ser trabalhado em grupos.
Os cursistas socializaram o conteúdo estudado e puderam concluir que:
• Língua e cultura se inter-relacionam sendo uma a representação da outra;
• A língua é usada de forma diferente dependendo de alguns fatores como: idade, gênero, região, classe social, profissão;
• Além disso, ainda ocorrem as interferências pessoais no uso da língua a que chamamos idioleto;
• De forma mais exclusiva ainda tem que ser visto os registros que caracterizam-se como formal e informal e adequados às diversas situações de uso;
Após um pequeno intervalo, refletimos sobre o conteúdo visto e o papel do professor diante dessas diversas situações de uso da língua com a apresentação do texto “Nóis mudemo”(autor desconhecido). Pudemos concluir que é de extrema relevância o papel da Educação no sentido de não-exclusão do indivíduo da sociedade e, principalmente, da escola, com base no uso que ele faz da língua. Encerramos o encontro com a produção de um texto dissertativo pelos cursistas sobre o tema Língua e Exclusão, no qual eles puderam expor seu ponto de vista a respeito do assunto:
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“O educador precisa ter o cuidado ao ensinar que a língua não é estática e que as variações lingüísticas devem ser aceitas e trabalhadas de uma maneira dinâmica para não haver exclusão e nem bloqueio no educando”(Maria Terezinha S. Vieira)
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“Enquanto educadores, precisamos ficar atentos em relação ao modo de falar de cada aluno, pois a escola é o ambiente que poderá ajudá-lo a conhecer a própria língua, conhecer e estudar a gramática, aprender a utilizá-la na produção de textos escritos e, até mesmo, a se expressar adequadamente diante de diferentes situações do cotidiano.” (Lucimar de Souza)
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“Deve haver um cuidado e uma forma de trabalhar as diferenças de dialetos, principalmente na sala de aula, para que todos percebam sua importância, seu valor dentro da sociedade e que conheçam outros dialetos, sem sentir-se menosprezados.”(Gilmara Gomes M. Lacerda)
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“Observa-se que o ensino atual, roteirista e conteudista, visa ensinar a gramática da língua, deixando em segundo plano os objetivos essenciais que são ouvir, falar, ler e escrever. Seguindo esses métodos, a escola possibilita a exclusão e não a inclusão do aluno na sociedade.” (Genilsa Aparecida da Silva).
Como pode ser visto, acreditamos que esse encontro foi bastante eficaz no que se refere à reflexão que fizemos tendo como tema o ensino e a aprendizagem da língua portuguesa em sala de aula. Temos a certeza que contribuímos um pouco mais para a mudança nas concepções desse ensino por parte dos professores.
Luiza Oliveira de Assunção
Formadora de Língua Portuguesa
Gestar II – Cerejeiras – RO