Blog da Luiza - Gestar 2


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

PRÓ-LETRAMENTO – ALFABETIZAÇÃO E LINGUAGEM
                Curso de Formação de Professores em Alfabetização e Linguagem
Tutora: Luiza Oliveira de Assunção
Município – Cerejeiras/RO
Ficha 3.1 – Registro dos Encontros Presenciais
No dia 28 de julho de 2011, realizamos a Oficina Inaugural do Programa Pró-Letramento no município de Cerejeiras, Estado de Rondônia. Optamos pelo período matutino para a turma de Alfabetização e Linguagem, que conta com a participação de 28(vinte e oito) cursistas inscritos. Nesse primeiro encontro, estiveram presentes todos os vinte e oito cursistas, o que foi para nós, da equipe de formação, motivo de muita satisfação.
O objetivo do encontro era conhecer o Pró-Letramento: o formato do programa, o material, o papel de cada um dos envolvidos e os pressupostos teóricos que norteiam a sua proposta pedagógica.
Inicialmente, a professora Edna, nossa colaboradora, fez uma oração. Em seguida fizemos uma reflexão sobre as nossas atitudes habituais do dia a dia com o texto “Atitudes Benditas”, em slides e uma dinâmica para apresentação e boas vindas.
Através de slides comentados, apresentamos o programa e suas especificidades. A cursista Silvana leu a apresentação do material, na página 06 do livro do curso, que trata de resumir os conteúdos de cada fascículo. Achamos interessante fazer isso para que os cursistas pudessem ter, nesse momento, uma visão geral dos conteúdos que serão vistos no decorrer dos estudos. Também realizamos a leitura compartilhada do texto da Unidade I – Pressupostos da Aprendizagem e do Ensino da Alfabetização no qual se discute os conceitos de língua e ensino de língua, alfabetização, letramento e ensino da língua escrita.
Nos grupos, esses conceitos foram discutidos e organizados em forma de um texto escrito (trechos em anexo) para serem socializados ao final do encontro.
Para concluir foram feitas algumas observações relacionadas a essas concepções como a distinção entre alfabetização e letramento, que julgamos essencial para uma visão mais clara e abrangente do programa, bem como dos pressupostos que orientam essas concepções.
             Os cursistas avaliaram o encontro como produtivo e dinâmico, deixaram claro que esperam obter mais conhecimentos com o curso, tanto no que se refere à prática quanto no que diz respeito à teoria, e, com isso, pudemos perceber que as expectativas em torno do programa são as melhores possíveis.

Entregamos uma singela lembrança, na verdade, um cartãozinho com uma mensagem e um bombom para dar-lhes as boas vindas, mostrar-lhes que são muito importantes e marcar esse primeiro encontro. Para refletirmos sobre o nosso papel nesse mundo escolhemos alguns trechos do capítulo 13 da Carta de São Paulo aos Coríntios, com os quais encerramos o encontro:
“Ainda que eu fale todas as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor sou como o bronze que soa ou o sino que retine...mesmo que tivesse toda a fé a ponto de transportar montanhas, se não tiver amor, não serei nada.”

ANEXOS
GRUPO 01
A concepção de língua e ensino da língua escrita do Pró-Letramento baseia-se em métodos analíticos, que valorizam o uso da língua em diferentes situações e contextos.
             Definimos assim a alfabetização como processo de apropriação do sistema de inserção e participação na cultura escrita (saber usar com competência a língua escrita).

A alfabetização acontece na criança pois a mesma sabe ler e escrever e, no letramento, ela sabe utilizar esses recursos nos meios sociais. Sendo assim, a alfabetização e o letramento são processos distintos mas inseparáveis.  (Cristiane, Joelma, Fabiane, Ailton, Joás, Geliane e Elinéas)
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GRUPO 02
Entende-se que a proposta do pró-letramento valoriza o uso da língua em diferentes situações sociais, com sua diversidade de estilo, valorizando a reflexão dos alunos em diferentes formas e usos da língua.
              Alfabetização é um processo de codificação e decodificação da língua, já o letramento é um processo completo onde o aluno lê, escreve, utiliza em outras situações aquilo que aprendeu e entende a importância desse uso na prática social do dia a dia.
             Conclui-se que a ação pedagógica mais adequada é aquela que contempla simultaneamente a alfabetização e o letramento.  (Angela, Eliana, Flomena, Silvana, Antonia, Leonice e Ivair)
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GRUPO 03
Entendemos e diferenciamos a alfabetização como um processo específico e indispensável de apropriação do sistema de escrita, a conquista dos princípios alfabéticos e ortográficos que possibilita ao aluo ler e escrever com autonomia. Já o letramento é o processo de inserção, a participação na cultura escrita, onde a criança começa a conviver com as diferentes manifestações da escrita na sociedade. No entanto, apesar de serem processos diferentes, eles se complementam e são indispensáveis.
A proposta do Pró-Letramento baseia-se nas abordagens de concepções que serão retomadas através de reflexões, atualmente desenvolvidas em torno da aprendizagem da língua e do ensino da língua escrita. Ou seja, uma retomada dos princípios que envolvem a alfabetização em sentido amplo.  (Ana Maria, Elaine, Keisy, Luzia, Marcela, Marly, Valquíria e Silvani)
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GRUPO 04
O Pró-Letramento se fundamenta na proposta de uma alfabetização reflexiva em torno de todo o processo da aprendizagem orientando o trabalho docente.
            A alfabetização é entendida como processo específico e indispensável de apropriação do sistema de escrita. É a conquista dos princípios alfabéticos e ortográficos que possibilitam ao aluno ler e escrever com autonomia.
            Já o letramento é o processo de inserção e participação na cultura escrita. Sendo assim, é o resultado da ação de usar habilidades em práticas sociais.
            De acordo com o autor, existe distinção entre alfabetização e letramento. A alfabetização é o aprendizado inicial da leitura e da escrita. O letramento é o uso e as competências de uso da língua escrita.
             Neste sentido, alfabetizar letrando é possibilitar o aprendizado da leitura e da escrita de forma que o aluno possa vivenciar e experimentar em seu dia a dia.  (Dieny, Eliane, Izanir, Romilda, Seila)

Veja a seguir algumas fotos do encontro:

Durante a dinâmica de apresentação, o professor Eliseu.

Sala cheia, para a satisfação da equipe de formação.

Os professores Ailton, Ivair e Joás...
Todos muito animados, cheios de expectativas.


Um comentário:

Alê disse...

Luiza, que ideia boa, posso copiar?
Bjs.
Alê.

Autobiografia

Meu nome é Luiza Oliveira de Assunção, nasci aos 19 de dezembro de 1965, na cidade de Deodápolis, Mato Grosso do Sul.
Antes de completar sete anos, meu pai resolveu se mudar com a família para a capital de São Paulo, onde pretendia melhores oportunidades de emprego e estudo para os filhos.

A primeira escola de que me lembro ficava na capital de São Paulo, num bairro chamado Penha de França. Era um prédio de três andares e chamava-se Colégio Padre Antão. Eu me recordo bem das escadas, que era por onde eu, ainda criança, corria em busca da merenda e das brincadeiras do recreio. Na sala de aula, me recordo apenas de um professor de quinta-série. Ele era negro, alto, magro e muito sisudo, mas eu me identificava muito com ele, ele dava aulas de Português e, com certeza, foi o responsável pelo gosto que adquiri pela leitura.

O que mais me fascinavam eram os textos que me transportavam para um mundo de fantasia, cheio de emoção e de alegria. Eu me concentrava tanto nas leituras, nas histórias, que perdia a noção do tempo, da realidade, e muitas vezes fui repreendida duramente por isso, pois tinha que cuidar dos serviços da casa primeiro e, muitas vezes, me surpreendiam com um livro nas mãos, entretida com as aventuras dos personagens.
Pegava livros emprestados na biblioteca da escola, na biblioteca pública e dos meus professores. Adorava entrar em livrarias e sonhava em um dia poder adquirir todos aqueles livros ali expostos. Era meu sonho de consumo. Meus irmãos mais velhos também contribuíam trazendo material de leitura para mim. Gibis, revistas, livros os mais diversos, fotonovelas e outros. Tinha preferência por textos narrativos e que tivessem bastantes diálogos.
Aos onze anos de idade nos mudamos novamente. Agora para a cidade de Campo Grande. Ali, estudei numa escola muito boa, cujo nome homenageava o Padre Heitor Castoldi. Datam dessa época algumas lembranças muito boas como o contato com a música e as festas regionais.
Permanecemos somente um ano naquele lugar, de onde saímos atraídos pela possibilidade de adquirir um pedaço de terra. Viemos para Rondônia em 1978 e nos instalamos inicialmente na cidade de Colorado do Oeste e depois no sítio que meu pai ganhou do Incra.
Essa nova morada ficava localizada muito distante da cidade e, por isso, fui obrigada a interromper meus estudos na sétima série do ensino fundamental. Também rarearam as possibilidades de acesso a qualquer material de leitura, então lia o que me caía nas mãos.
Aos dezesseis anos me casei e, um ano depois, já era professora numa escolinha rural em turmas multisseriadas.
Logo em seguida me inscrevi num curso de formação de professores à distância, o Logos II.
Com minha sede de saber, consegui alcançar, nesse curso, um dos recordes dos quais me orgulho em meus estudos. Concluí o curso em menos de quatorze meses, realizando até quatorze provas em um só dia.
Assim “formada”, resolvi me mudar, com minha família para a cidade de Cerejeiras, quando fui trabalhar na Escola Tancredo Neves, isso em 1986.

Trabalhava com turmas do primário, segunda e terceira série, a maior parte do tempo.
Em 1995, surgiu a oportunidade de realizar mais um dos meus sonhos, um curso de graduação na área de Língua Portuguesa. Era um curso da UNIR, Universidade Federal de Rondônia. Quando comecei o curso, fui convidada a trabalhar com as séries finais do ensino fundamental e o ensino médio.
Em 2000, seis meses depois de minha formatura, fui surpreendida em minhas convicções pela demissão. O Governo do Estado, alegando a necessidade de enxugar a folha de pagamento, demitiu um grande número de funcionários.
Fiquei desesperada! Já havia percebido que a educação era a minha vida e não poderia viver de outra forma. Busquei por diversos meios reaver meu cargo, mas foi tudo em vão, percebi que não poderia tê-lo de volta. Minha salvação foram as escolas particulares e algumas aulas pelo município, até poder voltar. Agora de acordo com a lei. Com nível superior e concurso público. Fiz o concurso em 2001, passei e fui chamada pra tomar posse no meu cargo de Professora Nível III em abril do mesmo ano. Em 2008, fui convidada a fazer parte da equipe do Gestar II em Cerejeiras como formadora de Língua Portuguesa, com o qual espero poder contribuir para a formação continuada de muitos outros colegas professores e, dessa forma, ajudar na melhoria do qualidade da educação que é oferecida aos nossos jovens estudantes, principalmente, daqueles que são foco do programa, de sexto ao nono ano.


E o futuro? A Deus pertence... Mas acredito que estou deixando a minha contribuição para que ele seja melhor.