Blog da Luiza - Gestar 2


quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Relatório Oficina 12 ( 2ª Parte)

Relatório da Oficina 12 (2ª Parte)

No dia 27 de outubro de 2009, realizamos a oficina referente à Unidade 24, do TP 06: Literatura para adolescentes.
Iniciamos as atividades com uma oração: Prece de Cáritas, nos colocando nas mãos de Deus e pedindo a sua bênção para a nossa vida e, principalmente, para o nosso encontro.
Os cursistas apresentaram seus relatos orais sobre a aplicação da atividade prática em sala de aula. Nesses relatos podemos perceber que os professores refletiram a respeito das atividades de leitura que desenvolveram com seus alunos. A cursista Gilmara afirma que nunca havia visto seus alunos tão entusiasmados com a leitura até apresentar para eles Histórias de Futebol, de Torero. Acrescenta dizendo ter percebido que, quando há motivação, os alunos leem com prazer. Veja o relato escrito da cursista, em anexo a esse texto.
Na seqüência das atividades previstas para o encontro fizemos uma discussão a respeito de questões retiradas da unidade em destaque:
Prosseguimos realizando uma roda de leitura, onde os cursistas, de posse de alguns livros de literatura juvenil previamente indicados para o momento, fizeram a apresentação desses livros para os colegas do curso.
Refletimos sobre o gosto pela leitura através do texto homônimo de Renato Muniz Barreto de Carvalho, em que o autor cita diversos casos de “apaixonados por livros” e reflete sobre a relação leitura, escola e vida.
Encaminhamentos para casa uma atividade de produção textual na qual os cursistas deverão refletir sobre o curso e sobre o seu desempenho no curso até o momento, e escrever um depoimento avaliando o percurso do e no programa.
Para concluir, assistimos ao vídeo que apresenta um texto de Luís Fernando Veríssimo: Ler, no qual o autor trata do tema relacionando a leitura às atividades desenvolvidas em nosso cotidiano e aos sentimentos e emoções que vivemos.

Luiza Oliveira de Assunção – Formadora Gestar II –
Língua Portuguesa – Cerejeiras - RO
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Anexos

Atividades seção 01

1. Os adolescentes leem?
2. Como os adolescentes leem?
3. É importante ler o texto completo e não apenas o fragmento. Por quê?
4. Qual é o papel da leitura literária na formação da pessoa?
5. Que estratégias podem ser usadas para incentivar a leitura de obras mais longas, completas?
Atividades seção 02

1. Que livros constituem a chamada literatura juvenil?
2. Quais são os gêneros em evidência para essa clientela?
3. E quanto à temática?
4. Existe valor literário nessas obras?
5. A leitura de grandes obras da literatura deve se restringir aos alunos do curso de Letras?
Atividades seção 03

1. Quais são as estratégias mais adequadas para se introduzir a leitura literária em nossas aulas?
2. Que obras indicar para essa leitura?
3. Como acompanhar a leitura dos alunos?
4. Quais as estratégias que podem ser utilizadas para se avaliar a atividade de leitura?
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Relatório de atividade prática

Cursista – Gilmara Gomes M. de Lacerda

No mês de outubro de 2009, foram desenvolvidas as atividades sugeridas no livro Gestar-II- Língua Portuguesa, TP 06, Unidade 24 – Seção 02 “A qualidade literária é primordial no livro para adolescentes?”, no 8° ano A, da Escola Castro Alves.
Iniciou-se uma discussão com os alunos sobre suas preferências de lazer e os assuntos que os mobilizam. Como era de se esperar, eles falaram sobre futebol, filmes, brincadeiras... e então, houve o questionamento sobre a relação deles com a leitura, eles puderam então, expor seus desinteresses pela leitura e que o fazem somente quando são obrigados pela escola.
Após falar com os alunos sobre a importância da leitura, foi apresentado a eles, através da leitura oral, alguns trechos do livro Histórias de futebol, de Torero, todos ficaram entusiasmados pela história dos garotos, quando terminou a leitura do trechos e eles descobriram que era a história do rei do futebol Pelé, pediram para continuar a leitura. Então, eles puderam ler, individual e silenciosamente, mais um pouco daquela história que havia lhes chamado a atenção.
A atividade desenvolvida com os alunos foi muito importante, pois despertou neles o interesse pela leitura e concluíram que a leitura pode sim, ser uma atividade prazerosa.


Um comentário:

Renato Muniz disse...

Olá Luiza, fico feliz que você tenha usado um texto meu na sua oficina. Estou à disposição para conversarmos e trocarmos ideias sobre livros e leitura. Abraços, do Renato Muniz

Autobiografia

Meu nome é Luiza Oliveira de Assunção, nasci aos 19 de dezembro de 1965, na cidade de Deodápolis, Mato Grosso do Sul.
Antes de completar sete anos, meu pai resolveu se mudar com a família para a capital de São Paulo, onde pretendia melhores oportunidades de emprego e estudo para os filhos.

A primeira escola de que me lembro ficava na capital de São Paulo, num bairro chamado Penha de França. Era um prédio de três andares e chamava-se Colégio Padre Antão. Eu me recordo bem das escadas, que era por onde eu, ainda criança, corria em busca da merenda e das brincadeiras do recreio. Na sala de aula, me recordo apenas de um professor de quinta-série. Ele era negro, alto, magro e muito sisudo, mas eu me identificava muito com ele, ele dava aulas de Português e, com certeza, foi o responsável pelo gosto que adquiri pela leitura.

O que mais me fascinavam eram os textos que me transportavam para um mundo de fantasia, cheio de emoção e de alegria. Eu me concentrava tanto nas leituras, nas histórias, que perdia a noção do tempo, da realidade, e muitas vezes fui repreendida duramente por isso, pois tinha que cuidar dos serviços da casa primeiro e, muitas vezes, me surpreendiam com um livro nas mãos, entretida com as aventuras dos personagens.
Pegava livros emprestados na biblioteca da escola, na biblioteca pública e dos meus professores. Adorava entrar em livrarias e sonhava em um dia poder adquirir todos aqueles livros ali expostos. Era meu sonho de consumo. Meus irmãos mais velhos também contribuíam trazendo material de leitura para mim. Gibis, revistas, livros os mais diversos, fotonovelas e outros. Tinha preferência por textos narrativos e que tivessem bastantes diálogos.
Aos onze anos de idade nos mudamos novamente. Agora para a cidade de Campo Grande. Ali, estudei numa escola muito boa, cujo nome homenageava o Padre Heitor Castoldi. Datam dessa época algumas lembranças muito boas como o contato com a música e as festas regionais.
Permanecemos somente um ano naquele lugar, de onde saímos atraídos pela possibilidade de adquirir um pedaço de terra. Viemos para Rondônia em 1978 e nos instalamos inicialmente na cidade de Colorado do Oeste e depois no sítio que meu pai ganhou do Incra.
Essa nova morada ficava localizada muito distante da cidade e, por isso, fui obrigada a interromper meus estudos na sétima série do ensino fundamental. Também rarearam as possibilidades de acesso a qualquer material de leitura, então lia o que me caía nas mãos.
Aos dezesseis anos me casei e, um ano depois, já era professora numa escolinha rural em turmas multisseriadas.
Logo em seguida me inscrevi num curso de formação de professores à distância, o Logos II.
Com minha sede de saber, consegui alcançar, nesse curso, um dos recordes dos quais me orgulho em meus estudos. Concluí o curso em menos de quatorze meses, realizando até quatorze provas em um só dia.
Assim “formada”, resolvi me mudar, com minha família para a cidade de Cerejeiras, quando fui trabalhar na Escola Tancredo Neves, isso em 1986.

Trabalhava com turmas do primário, segunda e terceira série, a maior parte do tempo.
Em 1995, surgiu a oportunidade de realizar mais um dos meus sonhos, um curso de graduação na área de Língua Portuguesa. Era um curso da UNIR, Universidade Federal de Rondônia. Quando comecei o curso, fui convidada a trabalhar com as séries finais do ensino fundamental e o ensino médio.
Em 2000, seis meses depois de minha formatura, fui surpreendida em minhas convicções pela demissão. O Governo do Estado, alegando a necessidade de enxugar a folha de pagamento, demitiu um grande número de funcionários.
Fiquei desesperada! Já havia percebido que a educação era a minha vida e não poderia viver de outra forma. Busquei por diversos meios reaver meu cargo, mas foi tudo em vão, percebi que não poderia tê-lo de volta. Minha salvação foram as escolas particulares e algumas aulas pelo município, até poder voltar. Agora de acordo com a lei. Com nível superior e concurso público. Fiz o concurso em 2001, passei e fui chamada pra tomar posse no meu cargo de Professora Nível III em abril do mesmo ano. Em 2008, fui convidada a fazer parte da equipe do Gestar II em Cerejeiras como formadora de Língua Portuguesa, com o qual espero poder contribuir para a formação continuada de muitos outros colegas professores e, dessa forma, ajudar na melhoria do qualidade da educação que é oferecida aos nossos jovens estudantes, principalmente, daqueles que são foco do programa, de sexto ao nono ano.


E o futuro? A Deus pertence... Mas acredito que estou deixando a minha contribuição para que ele seja melhor.