Blog da Luiza - Gestar 2
domingo, 28 de junho de 2009
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Oficina 08 - Leitura e Processos de Escrita I
No dia 23 de junho de 2009, realizamos a oficina 08, do TP 04, que teve início às 07h30min h, a da tarde começou por volta de 13:30, com uma mensagem inicial para reflexão. Num instante de silêncio pudemos refletir sobre a nossa espiritualidade, nossa relação com Deus. Uma bela maneira de começarmos a manhã.
Como havia sido combinado no encontro anterior, os cursistas apresentaram, de forma resumida o resultado de sua leitura. A atividade foi bastante interessante no sentido de que incentivou a participação da maioria do grupo, que expunham de forma clara e objetiva o conteúdo das seções, enquanto os colegas iam introduzindo comentários e questionamentos sobre o conteúdo. O texto de referência “Por que meu aluno não lê?” foi lido(leitura compartilhada) e comentado por todos.
Durante os relatos mais alguns colegas puderam expor seu entusiasmo com a participação dos alunos nas aulas sugeridas pelo TP, porém é importante destacar experiências que foram avaliadas como negativas já que os alunos não demonstraram interesse em sua execução.
Uma das cursistas relatou a sua experiência:
• Ela diz ter aproveitado a aula de uma colega que faltou por estar viajando para aplicar a atividade escolhida, e alega ser este um dos motivos para o desinteresse da turma. O outro motivo seria o fato de a turma ser muito numerosa. A professora relata que houve muita dificuldade, pois os alunos não conseguiram entender a proposta e não se decidiam sobre o “episódio” que iriam narrar. Por fim, escreveram textos narrativos com uma seqüência de fatos do tipo “Meu final de semana”. A professora avalia a experiência e conclui que não conseguiu atingir o objetivo da aula.
Ao final dos relatos fizemos um comentário lembrando que se faz necessário analisar bem, e com antecedência, as atividades propostas no TP, avaliá-las pensando na sua adequação à turma em que se pretende aplica-las e adapta-las visando atingir o objetivo da(s) aula(s). Há atividades que não podem ser aplicadas em apenas uma aula, e o cursista deve se programar para isso. O relato também deve ser visto como a reflexão dos avanços e retrocessos na prática do professor. É um dos momentos mais importantes do programa, quando o profissional repensa a própria concepção de ensino e aprendizagem da língua.
Para a transposição didática propomos a produção de um relato individual sugerido no TP 04,Unidade 16, seção 02, p 180. Entregamos um roteiro indicando alguns questionamentos sobre a prática pessoal da leitura: o memorial de leitura, que os professores ficaram de entregar na próxima oficina.
Em grupo, elaboramos uma seqüência didática envolvendo o planejamento de algumas aulas que culminam em uma produção textual do gênero carta. Fizemos a socialização com a apresentação de cartazes especialmente preparados para esse fim.
Encerramos a oficina com a avaliação, na qual os colegas demonstraram sua satisfação com o programa, apesar de questionarem o pouco tempo disponível para o estudo.
Luiza Oliveira de Assunção
Formadora Gestar II Língua Portuguesa
Cerejeiras, Rondônia
Como havia sido combinado no encontro anterior, os cursistas apresentaram, de forma resumida o resultado de sua leitura. A atividade foi bastante interessante no sentido de que incentivou a participação da maioria do grupo, que expunham de forma clara e objetiva o conteúdo das seções, enquanto os colegas iam introduzindo comentários e questionamentos sobre o conteúdo. O texto de referência “Por que meu aluno não lê?” foi lido(leitura compartilhada) e comentado por todos.
Durante os relatos mais alguns colegas puderam expor seu entusiasmo com a participação dos alunos nas aulas sugeridas pelo TP, porém é importante destacar experiências que foram avaliadas como negativas já que os alunos não demonstraram interesse em sua execução.
Uma das cursistas relatou a sua experiência:
• Ela diz ter aproveitado a aula de uma colega que faltou por estar viajando para aplicar a atividade escolhida, e alega ser este um dos motivos para o desinteresse da turma. O outro motivo seria o fato de a turma ser muito numerosa. A professora relata que houve muita dificuldade, pois os alunos não conseguiram entender a proposta e não se decidiam sobre o “episódio” que iriam narrar. Por fim, escreveram textos narrativos com uma seqüência de fatos do tipo “Meu final de semana”. A professora avalia a experiência e conclui que não conseguiu atingir o objetivo da aula.
Ao final dos relatos fizemos um comentário lembrando que se faz necessário analisar bem, e com antecedência, as atividades propostas no TP, avaliá-las pensando na sua adequação à turma em que se pretende aplica-las e adapta-las visando atingir o objetivo da(s) aula(s). Há atividades que não podem ser aplicadas em apenas uma aula, e o cursista deve se programar para isso. O relato também deve ser visto como a reflexão dos avanços e retrocessos na prática do professor. É um dos momentos mais importantes do programa, quando o profissional repensa a própria concepção de ensino e aprendizagem da língua.
Para a transposição didática propomos a produção de um relato individual sugerido no TP 04,Unidade 16, seção 02, p 180. Entregamos um roteiro indicando alguns questionamentos sobre a prática pessoal da leitura: o memorial de leitura, que os professores ficaram de entregar na próxima oficina.
Em grupo, elaboramos uma seqüência didática envolvendo o planejamento de algumas aulas que culminam em uma produção textual do gênero carta. Fizemos a socialização com a apresentação de cartazes especialmente preparados para esse fim.
Encerramos a oficina com a avaliação, na qual os colegas demonstraram sua satisfação com o programa, apesar de questionarem o pouco tempo disponível para o estudo.
Luiza Oliveira de Assunção
Formadora Gestar II Língua Portuguesa
Cerejeiras, Rondônia
quarta-feira, 24 de junho de 2009
domingo, 21 de junho de 2009
sábado, 20 de junho de 2009
Memorial de Leitura
Fui alfabetizada em uma escolinha rural que ficava próxima a nossa casa, onde a professora era minha irmã mais velha. Sei disso de ouvir falar, pois não tenho lembrança nenhuma daquela época.
As primeiras experiências com a leitura de que me lembro remontam a meados da década de 70, quando eu morava em São Paulo e estudava numa escola chamada Colégio Padre Antão. Havia um professor de português que se chamava Luiz, com o qual me identificava muito e que, provavelmente, influenciou decisivamente as minhas escolhas literárias e o meu gosto pela leitura.
Desde que me lembro sou uma leitora voraz. No começo eu preferia as histórias em quadrinhos, os textos menores, mas com muita ação e, principalmente, muitos diálogos. Lia fotonovelas e gostava muito. Depois vieram as Júlias, Biancas, Sabrinas, como toda adolescente encantada pelas aventuras românticas dessas personagens.
Apesar do prazer e encantamento pela leitura eu não tinha acesso a um grande acervo literário, pois nossa família era extremamente carente no que se refere a condições financeiras, mas eu me virava tomando emprestado da escola, dos professores e das colegas com quem estudava.
Li muitas obras da Série Vagalume e me encantava com as aventuras dos personagens dessas obras. Alguns me deixaram boas recordações. Em um deles, Sozinha no Mundo (Marcos Rey), a personagem se pareça comigo e eu me via embarcando naquela realidade paralela cheia de mistério e suspense, em busca de uma herança que resolveria todos os problemas financeiros de minha família. Isso demonstra claramente a confusão que eu fazia com os personagens dos livros que lia. Esse eu li várias vezes e quando o encontrei novamente, há pouco tempo, na prateleira da sala de leitura de minha escola, não tive dúvida em me apossar imediatamente dele para mergulhar novamente nas aventuras de Pimpa, a menina órfã perseguida por uma suposta assistente social, que no final se mostra muito mais interessada na herança da sobrinha do que em seu bem–estar, como era de se supor. A ilha perdida, Coração de onça, O Outro Lado da Ilha, O Mistério do Cinco estrelas, Meninos Sem Pátria, Um Cadáver Ouve Rádio, O Escaravelho do Diabo entre outros, também fazem parte dessa época da minha vida.
Depois vieram os clássicos, ainda na adolescência: A Moreninha, A Mão e a Luva, Senhora, Helena, Iracema e tantos outros. Aí já havia certa preocupação em prestar contas na escola. As professoras exigiam esse tipo de leitura, o que para mim nunca foi sacrifício, como era pra alguns dos meus colegas, por que não dizer a maioria deles. Mas mesmo sendo feita com prazer, havia sim uma grande necessidade de atenção, às vezes até uma segunda leitura devido à complexidade da linguagem.
Houve um tempo, quando fiquei fora da escola por alguns anos, que lia qualquer coisa que me caísse nas mãos. Data dessa época a leitura dos livros históricos da Bíblia, todos eles. Foi um tempo difícil. Mas que resultou num grande aprendizado.
Já casada, fui sócia do Círculo do Livro, e pude ampliar o meu arsenal literário principalmente no que se refere à literatura estrangeira: O Velho e o Mar, O Morro dos Ventos Uivantes, A volta ao mundo em oitenta dias... Cada um ao seu estilo. Inesquecíveis... Porém, os meus preferidos eram as obras de Sidney Sheldon, com as quais passei momentos de grande prazer e entretenimento. Muitas vezes não conseguia desgrudar do livro antes de terminar a sua leitura e me embrenhava madrugada adentro para desprazer de meus familiares que se incomodavam muito com esse hábito.
Quando estava na faculdade, fui “obrigada” a ler os clássicos novamente. Agora com olhos bem mais críticos, devido à necessidade de avaliar, analisar, descobrir a essência da literatura à luz das teorias contemporâneas. Pude também conhecer outros clássicos da literatura brasileira e portuguesa como Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas, O Guarani, O primo Basílio, O crime do Padre Amaro, entre outros.
Numa outra etapa, já lecionando para o ensino fundamental e médio, tive a oportunidade de apreciar muitas outras obras da nossa literatura e também da literatura estrangeira. Instituímos o que chamamos aqui de “aula de leitura”, um momento em que levamos nossos alunos a mergulhar na leitura. Funciona assim: há uma sala na escola em que ficam expostas todas as obras literárias de que a escola dispõe. São muitos livros, mas não há a possibilidade de empréstimo porque são poucos exemplares de cada um. Assim, tiramos uma aula, das que seriam destinadas ao estudo da Língua Portuguesa e levamos os alunos a essa sala onde eles podem fazer uma hora de leitura por semana. Somos conscientes de que é muito pouco e tentamos conscientizá-los disso, mas é o que podemos oferecer, já que os nossos alunos, ou a maioria deles, não possuem material de leitura em casa a sua disposição.
O Vermelho e o Negro, Dom Quixote, a Odisséia, Crime e Castigo, Madame Bovary, foram alguns dos que li nessa época. Porém é importante destacar os nomes dos autores da nossa literatura com os quais também tenho ocupado, e muito bem, o meu tempo. São eles Rachel de Queiroz, José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Mário de Andrade (Macunaíma me fez rir muito), Guimarães Rosa, Érico Veríssimo, Antonio Callado, Jorge Amado, entre outros.
Como se pode ver minha experiência nesse campo é bem vasta, pois esse é um hábito do qual me orgulho muito e ao qual agradeço meus conhecimentos da língua. Gostaria de falar aqui sobre as minhas impressões de cada uma dessas obras, mas não quero me estender muito, pois sei que tenho muito a dizer sobre cada um deles e não quero me tornar cansativa.
As primeiras experiências com a leitura de que me lembro remontam a meados da década de 70, quando eu morava em São Paulo e estudava numa escola chamada Colégio Padre Antão. Havia um professor de português que se chamava Luiz, com o qual me identificava muito e que, provavelmente, influenciou decisivamente as minhas escolhas literárias e o meu gosto pela leitura.
Desde que me lembro sou uma leitora voraz. No começo eu preferia as histórias em quadrinhos, os textos menores, mas com muita ação e, principalmente, muitos diálogos. Lia fotonovelas e gostava muito. Depois vieram as Júlias, Biancas, Sabrinas, como toda adolescente encantada pelas aventuras românticas dessas personagens.
Apesar do prazer e encantamento pela leitura eu não tinha acesso a um grande acervo literário, pois nossa família era extremamente carente no que se refere a condições financeiras, mas eu me virava tomando emprestado da escola, dos professores e das colegas com quem estudava.
Li muitas obras da Série Vagalume e me encantava com as aventuras dos personagens dessas obras. Alguns me deixaram boas recordações. Em um deles, Sozinha no Mundo (Marcos Rey), a personagem se pareça comigo e eu me via embarcando naquela realidade paralela cheia de mistério e suspense, em busca de uma herança que resolveria todos os problemas financeiros de minha família. Isso demonstra claramente a confusão que eu fazia com os personagens dos livros que lia. Esse eu li várias vezes e quando o encontrei novamente, há pouco tempo, na prateleira da sala de leitura de minha escola, não tive dúvida em me apossar imediatamente dele para mergulhar novamente nas aventuras de Pimpa, a menina órfã perseguida por uma suposta assistente social, que no final se mostra muito mais interessada na herança da sobrinha do que em seu bem–estar, como era de se supor. A ilha perdida, Coração de onça, O Outro Lado da Ilha, O Mistério do Cinco estrelas, Meninos Sem Pátria, Um Cadáver Ouve Rádio, O Escaravelho do Diabo entre outros, também fazem parte dessa época da minha vida.
Depois vieram os clássicos, ainda na adolescência: A Moreninha, A Mão e a Luva, Senhora, Helena, Iracema e tantos outros. Aí já havia certa preocupação em prestar contas na escola. As professoras exigiam esse tipo de leitura, o que para mim nunca foi sacrifício, como era pra alguns dos meus colegas, por que não dizer a maioria deles. Mas mesmo sendo feita com prazer, havia sim uma grande necessidade de atenção, às vezes até uma segunda leitura devido à complexidade da linguagem.
Houve um tempo, quando fiquei fora da escola por alguns anos, que lia qualquer coisa que me caísse nas mãos. Data dessa época a leitura dos livros históricos da Bíblia, todos eles. Foi um tempo difícil. Mas que resultou num grande aprendizado.
Já casada, fui sócia do Círculo do Livro, e pude ampliar o meu arsenal literário principalmente no que se refere à literatura estrangeira: O Velho e o Mar, O Morro dos Ventos Uivantes, A volta ao mundo em oitenta dias... Cada um ao seu estilo. Inesquecíveis... Porém, os meus preferidos eram as obras de Sidney Sheldon, com as quais passei momentos de grande prazer e entretenimento. Muitas vezes não conseguia desgrudar do livro antes de terminar a sua leitura e me embrenhava madrugada adentro para desprazer de meus familiares que se incomodavam muito com esse hábito.
Quando estava na faculdade, fui “obrigada” a ler os clássicos novamente. Agora com olhos bem mais críticos, devido à necessidade de avaliar, analisar, descobrir a essência da literatura à luz das teorias contemporâneas. Pude também conhecer outros clássicos da literatura brasileira e portuguesa como Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas, O Guarani, O primo Basílio, O crime do Padre Amaro, entre outros.
Numa outra etapa, já lecionando para o ensino fundamental e médio, tive a oportunidade de apreciar muitas outras obras da nossa literatura e também da literatura estrangeira. Instituímos o que chamamos aqui de “aula de leitura”, um momento em que levamos nossos alunos a mergulhar na leitura. Funciona assim: há uma sala na escola em que ficam expostas todas as obras literárias de que a escola dispõe. São muitos livros, mas não há a possibilidade de empréstimo porque são poucos exemplares de cada um. Assim, tiramos uma aula, das que seriam destinadas ao estudo da Língua Portuguesa e levamos os alunos a essa sala onde eles podem fazer uma hora de leitura por semana. Somos conscientes de que é muito pouco e tentamos conscientizá-los disso, mas é o que podemos oferecer, já que os nossos alunos, ou a maioria deles, não possuem material de leitura em casa a sua disposição.
O Vermelho e o Negro, Dom Quixote, a Odisséia, Crime e Castigo, Madame Bovary, foram alguns dos que li nessa época. Porém é importante destacar os nomes dos autores da nossa literatura com os quais também tenho ocupado, e muito bem, o meu tempo. São eles Rachel de Queiroz, José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Mário de Andrade (Macunaíma me fez rir muito), Guimarães Rosa, Érico Veríssimo, Antonio Callado, Jorge Amado, entre outros.
Como se pode ver minha experiência nesse campo é bem vasta, pois esse é um hábito do qual me orgulho muito e ao qual agradeço meus conhecimentos da língua. Gostaria de falar aqui sobre as minhas impressões de cada uma dessas obras, mas não quero me estender muito, pois sei que tenho muito a dizer sobre cada um deles e não quero me tornar cansativa.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Oficina 07 – Leitura e Processos de Escrita I
Esta oficina aconteceu no dia 09/06/2009.
Iniciando o encontro fizemos uma reflexão com o clipe “Comercial nota 100”, da Metal Singer, que fala sobre os desafios e necessidades do homem na atualidade.
A seguir, retomamos os conteúdos das unidades estudadas: Leitura, escrita e cultura ( Unid.13) e O processo de leitura ( Unid. 14). Introduzimos cada seção com questionamentos referentes ao assunto ali tratado e sistematizamos com a exploração de slides previamente preparados.
Pudemos observar que uma boa parte dos cursistas não está fazendo a leitura prévia das Unidades que são estudadas nas oficinas, como foi sugerido por nós. Devido a isso, resolvemos sugerir a criação de grupos de estudo que se reuniriam durante a semana, de modo a discutirem o assunto da teoria e prepararem a apresentação(seminário) de duas seções estudadas. Sugerimos então que os mesmos fizessem anotações sobre dúvidas, discordâncias e comentários a respeito do conteúdo para serem expostos e discutidos no encontro.
Esta primeira parte da oficina demorou mais do que o esperado, pois houve bastante participação dos cursistas que demonstraram grande interesse pelo assunto.
Devido a isso, os relatos de experiência tiveram que ser feitos em um espaço menor de tempo. Nesse momento, procuramos priorizar os relatos daqueles que ainda não haviam participado, no que fomos prontamente atendidos. Pudemos, inclusive, perceber uma certa ansiedade em nos colocar a par de cada experiência realizada com as atividades sugeridas.
Na atividade de transposição didática, houve a discussão e a preparação, em pequenos grupos, de uma seqüência metodológica que levasse à leitura e análise do texto Cidadezinha qualquer, de Carlos Drummond de Andrade. Um dos grupos, ao socializar com os demais o resultado de seu trabalho, sugeriu uma seqüência que leva à produção de um texto poético tendo como tema a cidade de Cerejeiras. Prontamente surgiram ofertas de materiais que poderiam servir como recurso para a ampliação dessa seqüência e sua transposição para a categoria projeto interdisciplinar. Aproveitamos pra mostrar e sugerir alguns videoclipes que também poderiam servir como recurso para a elaboração e o desenvolvimento desse projeto. São eles: Cidadezinha qualquer, Tarde em Itapuã, Sampa e Samba do avião (Youtube).
Concluímos o encontro com a avaliação. Deixamos livre para os cursistas escreverem sobre os aspectos que gostariam de destacar e por quê. De maneira geral, eles demonstraram satisfação com o programa, mas alguns ainda reclamam da necessidade de mais tempo para desenvolver as atividades.
Sinto que alguns cursistas ainda não entenderam a amplitude do nosso trabalho e não estão, realmente, levando-o a sério. Mas creio que, mesmo esses, em breve estarão sentindo as mudanças que o programa proporciona. Mudanças essas que não se restringem apenas ao conhecimento teórico adquirido, mas alcança e transforma as concepções e práticas no ensino da língua.
Luiza Oliveira de Assunção
Formadora de Língua Portuguesa
Cerejeiras - RO
Iniciando o encontro fizemos uma reflexão com o clipe “Comercial nota 100”, da Metal Singer, que fala sobre os desafios e necessidades do homem na atualidade.
A seguir, retomamos os conteúdos das unidades estudadas: Leitura, escrita e cultura ( Unid.13) e O processo de leitura ( Unid. 14). Introduzimos cada seção com questionamentos referentes ao assunto ali tratado e sistematizamos com a exploração de slides previamente preparados.
Pudemos observar que uma boa parte dos cursistas não está fazendo a leitura prévia das Unidades que são estudadas nas oficinas, como foi sugerido por nós. Devido a isso, resolvemos sugerir a criação de grupos de estudo que se reuniriam durante a semana, de modo a discutirem o assunto da teoria e prepararem a apresentação(seminário) de duas seções estudadas. Sugerimos então que os mesmos fizessem anotações sobre dúvidas, discordâncias e comentários a respeito do conteúdo para serem expostos e discutidos no encontro.
Esta primeira parte da oficina demorou mais do que o esperado, pois houve bastante participação dos cursistas que demonstraram grande interesse pelo assunto.
Devido a isso, os relatos de experiência tiveram que ser feitos em um espaço menor de tempo. Nesse momento, procuramos priorizar os relatos daqueles que ainda não haviam participado, no que fomos prontamente atendidos. Pudemos, inclusive, perceber uma certa ansiedade em nos colocar a par de cada experiência realizada com as atividades sugeridas.
Na atividade de transposição didática, houve a discussão e a preparação, em pequenos grupos, de uma seqüência metodológica que levasse à leitura e análise do texto Cidadezinha qualquer, de Carlos Drummond de Andrade. Um dos grupos, ao socializar com os demais o resultado de seu trabalho, sugeriu uma seqüência que leva à produção de um texto poético tendo como tema a cidade de Cerejeiras. Prontamente surgiram ofertas de materiais que poderiam servir como recurso para a ampliação dessa seqüência e sua transposição para a categoria projeto interdisciplinar. Aproveitamos pra mostrar e sugerir alguns videoclipes que também poderiam servir como recurso para a elaboração e o desenvolvimento desse projeto. São eles: Cidadezinha qualquer, Tarde em Itapuã, Sampa e Samba do avião (Youtube).
Concluímos o encontro com a avaliação. Deixamos livre para os cursistas escreverem sobre os aspectos que gostariam de destacar e por quê. De maneira geral, eles demonstraram satisfação com o programa, mas alguns ainda reclamam da necessidade de mais tempo para desenvolver as atividades.
Sinto que alguns cursistas ainda não entenderam a amplitude do nosso trabalho e não estão, realmente, levando-o a sério. Mas creio que, mesmo esses, em breve estarão sentindo as mudanças que o programa proporciona. Mudanças essas que não se restringem apenas ao conhecimento teórico adquirido, mas alcança e transforma as concepções e práticas no ensino da língua.
Luiza Oliveira de Assunção
Formadora de Língua Portuguesa
Cerejeiras - RO
terça-feira, 16 de junho de 2009
Com a palavra a Morte
A menina que roubava livros, de Markus Zusak, poderia ser mais uma narrativa sobre a vida de uma menininha supostamente abandonada pelos pais na Alemanha nazista se não fosse o inusitado da voz que conta a história. “Quando a Morte conta a história, você deve parar para ler”, é o que aconselha a contracapa e o que podemos constatar na leitura.
Acrescente-se a isso o fato de a narrativa contemplar a trajetória de leitura da protagonista desde as primeiras letras até a desenvoltura de uma pequena escritora que ama e odeia as palavras dando a elas um poder ilimitado, o poder de trazer as pessoas amadas para o nosso lado, de volta da “outra vida”.
A poeticidade da linguagem, as imagens criadas com o talento que só possui aquele ou aquela que demonstra toda a intimidade e conhecimento, não só do sofrimento humano mas também da palavra escrita, emprestam ao texto uma suavidade e um lirismo surpreendentes.
Acrescente-se a isso o fato de a narrativa contemplar a trajetória de leitura da protagonista desde as primeiras letras até a desenvoltura de uma pequena escritora que ama e odeia as palavras dando a elas um poder ilimitado, o poder de trazer as pessoas amadas para o nosso lado, de volta da “outra vida”.
A poeticidade da linguagem, as imagens criadas com o talento que só possui aquele ou aquela que demonstra toda a intimidade e conhecimento, não só do sofrimento humano mas também da palavra escrita, emprestam ao texto uma suavidade e um lirismo surpreendentes.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Relatos das experiências
“Percebi que os alunos se sentiram mais entusiasmados em produzir a partir do desafio, surgindo assim ótimas produções”. (Alessandra)
“Pude definir muito claramente entre o aluno que foi apenas alfabetizado e aquele que está em processo de letramento...” “Cheguei à conclusão que se os alunos tivessem a oportunidade de freqüentar mais aulas como essa, o aproveitamento seria melhor, talvez o desinteresse fosse menor, as aulas seriam mais proveitosas e dinâmicas”. (Patricia)
“Como as atividades sugeridas são diversificadas, é necessário sempre adaptar a proposta ao perfil da turma”.(Luiza)
“O desempenho foi muito bom: saíram críticas e até paródias.” (Edimar)
“a oralidade antes da produção escrita, apesar da dificuldade de atenção de alguns alunos, facilitou o desenvolvimento da produção escrita quanto ao conteúdo dos textos”.(Genilsa)
“Pude definir muito claramente entre o aluno que foi apenas alfabetizado e aquele que está em processo de letramento...” “Cheguei à conclusão que se os alunos tivessem a oportunidade de freqüentar mais aulas como essa, o aproveitamento seria melhor, talvez o desinteresse fosse menor, as aulas seriam mais proveitosas e dinâmicas”. (Patricia)
“Como as atividades sugeridas são diversificadas, é necessário sempre adaptar a proposta ao perfil da turma”.(Luiza)
“O desempenho foi muito bom: saíram críticas e até paródias.” (Edimar)
“a oralidade antes da produção escrita, apesar da dificuldade de atenção de alguns alunos, facilitou o desenvolvimento da produção escrita quanto ao conteúdo dos textos”.(Genilsa)
Roteiro Oficina 07
Cerejeiras, 09 de junho de 2009
Roteiro Oficina 07
Gestar II Língua Portuguesa
7:15 h – Mensagem inicial “Comercial Nota 100”
7:30 h – Retomando o conteúdo: Leitura e Processos de Escrita I (Slides)
- Leitura, escrita e cultura;
- O processo da leitura.
8:20 h – Relatos de experiência com o Avançando na Prática;
9 h - Dinâmica para divisão de grupos (Perguntas a Magda Soares – Entrevista concedida pela autora/educadora ao Jornal do Brasil em 26/11/2000)
9:15 h – Intervalo
9:30 h – Apresentação do texto:
- Cidadezinha qualquer (clipe do site Youtube)
9:40 h – Trabalho em grupo: Planejar a exploração do poema com os alunos e, se possível uma atividade de produção textual.
Sugestão de textos para serem trabalhados juntamente com Cidadezinha Qualquer como motivação para a produção: Samba do avião, Sampa, Tarde em Itapuã (clipes do Youtube).
10:20 h – Socialização das atividades preparadas pelos grupos;
10:50 h – Avaliação da oficina;
11 h – Antecipando o próximo encontro.
11:15 h - Encerramento
Gestar II Língua Portuguesa
7:15 h – Mensagem inicial “Comercial Nota 100”
7:30 h – Retomando o conteúdo: Leitura e Processos de Escrita I (Slides)
- Leitura, escrita e cultura;
- O processo da leitura.
8:20 h – Relatos de experiência com o Avançando na Prática;
9 h - Dinâmica para divisão de grupos (Perguntas a Magda Soares – Entrevista concedida pela autora/educadora ao Jornal do Brasil em 26/11/2000)
9:15 h – Intervalo
9:30 h – Apresentação do texto:
- Cidadezinha qualquer (clipe do site Youtube)
9:40 h – Trabalho em grupo: Planejar a exploração do poema com os alunos e, se possível uma atividade de produção textual.
Sugestão de textos para serem trabalhados juntamente com Cidadezinha Qualquer como motivação para a produção: Samba do avião, Sampa, Tarde em Itapuã (clipes do Youtube).
10:20 h – Socialização das atividades preparadas pelos grupos;
10:50 h – Avaliação da oficina;
11 h – Antecipando o próximo encontro.
11:15 h - Encerramento
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Tipos e gêneros textuais (Oficina 06)
No dia 26 de Maio, aconteceu o terceiro encontro do Programa Gestar II de Língua Portuguesa em Cerejeiras. É importante registrar, logo no início desse relato, a falta de diversos cursistas, principalmente do período matutino, o que não prejudicou, de forma alguma o desenvolvimento da oficina, mas que nos deixou preocupados.
Iniciamos com uma mensagem pra reflexão “Se tudo fosse perfeito” e, em seguida passamos para a I parte da oficina: o Retomando. Dessa vez decidimos retomar os conteúdos das unidades através de uma atividade de classificação das diversas seqüências tipológicas em textos do próprio TP (p. 106 e 156).Concluída essa classificação, realizamos a correção oral e passamos diretamente para o resumo do conteúdo através da apresentação de slides. A apresentação dos tópicos foi feita com a leitura oral e compartilhada pelos cursistas e a explanação também oral da formadora.
A segunda parte do encontro mostrou o início do desenvolvimento de uma nova concepção a respeito do programa por parte dos cursistas. Como não era de se esperar, os colegas não viam a hora de fazer o seu relato da prática em sala de aula. Alguns até interrompiam os outros tal a ansiedade pela exposição da própria experiência. Apesar de muitas falta no encontro do período matutino, o tempo foi curto e nem todos puderam fazer seu relato oral. Nem todos trouxeram os relatos escritos, que ficaram de entregar na próxima semana. Foi solicitado a eles que não deixassem para fazer isso na próxima oficina para não comprometer o desenvolvimento da mesma. Pudemos perceber que o programa já está colhendo os primeiros frutos, no que se refere à mudança de posicionamento do profissional da área diante da disciplina da qual é titular. Segue um pequeno resumo desses relatos:
· A maioria dos cursistas escolheu para aplicação em sala a atividade da seção 1, unidade 11, que nada mais é do que uma divertida competição entre os alunos e culmina na produção de um texto, uma descrição. Dessa forma, os alunos nem percebem que estão estudando. A atividade envolve a turma como um todo, desenvolve o espírito de equipe e a criatividade expressiva dos alunos. Todos os cursistas que aplicaram esta atividade avaliaram-na de forma positiva, enumerando alguns raros problemas na sua execução, como a agitação que toma conta da turma e traz algumas complicações, mas mesmo assim disseram ter havido um progresso significativo no nível de desenvolvimento da turma.
· Outros aplicaram a atividade da p. 172, unidade 12. Essa atividade é um exercício de transposição de gêneros textuais, adequada para turmas mais avançadas, e seguida de uma análise conjunta dos textos produzidos. Os cursistas avaliaram também de maneira positiva a atividade pois concluíram que o trabalho desenvolve a criatividade e faz com que os alunos produzam textos de gêneros variados passando, com isso a conhecer outros gêneros textuais com os quais não tinha ainda mantido contato. Foram lidas algumas produções dos alunos e pudemos perceber em loco a criatividade a que se referiam os professores.
· Também é interessante registrar a atividade desenvolvida com alunos do 1°ano do Ensino Médio pelo professor Edimar, que tratou da análise de um texto visual, no caso, uma foto da própria escola ampliada e através de conversa informal sobre o objeto em exposição, termina em uma produção que envolve, não só a descrição, mas também a narração e a dissertação. O referido professor descreveu a dificuldade que encontrou ao trabalhar a seqüência dissertativa, e atribuiu isso ao pouco trabalho envolvendo esse tipo de texto realizado com os alunos nas séries anteriores. Porém, mesmo relatando essa dificuldade, o cursista avaliou positivamente a atividade pois acredita que os alunos precisam trabalhar com as diferentes seqüências tipológicas presentes nos diversos gêneros.
· Algo que também merece destaque nesse nosso relato foi a discussão surgida após o relato de um cursista que aplicou a atividade prática em uma turma na qual havia uma aluna portadora de necessidades especiais. A partir daí, surgiram vários questionamentos a respeito da real inserção de alunos com essas características nas turmas regulares. Também discutimos a dificuldade de aprendizagem desses alunos e foram feitas algumas sugestões no sentido de trabalhar as suas habilidades individuais. Apesar disso, percebe-se que ficou no ar um certo mal estar por parte de todos, já que deveriam ter condições de poder contribuir de forma mais eficaz no desenvolvimento desse alunos mas sentem-se despreparados para isso.
Parece ter ficado claro a todos que as atividades sugeridas em nosso material de estudo (TPs) remete sempre a uma produção textual, seja ela oral ou escrita. E que essa atividade precisa ser valorizada e incentivada. Citamos as reportagens reincidentes da Revista Nova Escola desse ano no tema Produção textual, que foram sugeridas como material de leitura, estudo e aperfeiçoamento profissional.
Na seqüência das atividades da oficina realizamos a discussão em grupo das características do texto “Composição: O Salário Mínimo” de Jô Soares, numa tentativa de enquadrá-lo na categoria de gênero redação escolar. A discussão foi bastante proveitosa e deu para avaliar a aprendizagem dos cursistas de maneira positiva já que nenhum deles demonstrou surpresa ao concluir que o referido texto não se enquadra nessa classificação visto o seu autor e o veículo de circulação no qual foi publicado, sem falar nos inúmeros indícios deixados pelo autor no interior do texto.
A avaliação da oficina foi feita oralmente e os cursistas puderam elencar alguns aspectos positivos do encontro: interação entre cursistas e formadoras, aprofundamento da parte teórica, dinamismo, consonância dos temas com as necessidades dos professores, trocas de experiências. Também tivemos a oportunidade de expressar a nossa opinião sobre o desenvolvimento dos cursistas e das atividades, quando deixamos clara a nossa satisfação com os trabalhos de todos, e acrescentamos alguns ajustes que julgamos necessários para o melhor andamento do programa. Destacamos, inclusive, a necessidade de os colegas buscarem ajuda conosco sempre que houver dificuldade de qualquer espécie.
Fizemos algumas observações a respeito dos relatos dos colegas ressaltando a necessidade de se realizar uma reflexão em torno da atividade aplicada e registro escrito das impressões pessoais, da avaliação individual de cada cursista sobre a atividade desenvolvida, sem medo de destacar erros e acertos visando o crescimento pessoal e do grupo.
Distribuímos o cronograma das oficinas que destaca data, conteúdo e material necessário para as próximas oficinas. Falamos sobre o processo de avaliação diagnóstica, o qual esperamos dar início no mês de julho e para o qual contamos com a colaboração de todos os nossos cursistas. Aproveitamos para nos colocar à disposição de todos sempre que houver dificuldade de qualquer natureza, tanto no que se refere aos estudos individuais quanto nas atividades de prática.
Finalizando vimos uma mensagem para descontrair “Boa filosofia”.
Enfim, aproveitando para incentivar a leitura da próxima unidade fizemos a seguinte pergunta:
Qual é a sua concepção a respeito do ensino da língua?
O que significa letramento? Qual a diferença entre letramento e alfabetização?
Você já ouviu falar em Magda Soares?
Formadora do Gestar II de Língua Portuguesa - Cerejeiras - RO
Luiza Oliveira de Assunção
Oficina 05
No dia 05 de maio de 2009, realizamos a 1ª oficina do Gestar II em Cerejeiras-RO com o tema Gêneros textuais: do intuitivo ao sistematizado e Trabalhando com Gêneros textuais.
Como havia acontecido na oficina introdutória do Programa, tivemos problemas com o horário. Havia sido combinado que daríamos início aos trabalhos às 7 h., porém a maioria dos cursistas chegou com bastante atraso e só foi possível começarmos às 07h30min. Isso ocorreu também no período da tarde e tivemos que rediscutir essa questão com os cursistas, ficando estipulado os seguintes horários para os próximos encontros: no matutino, às 7:15 h e , no vespertino, às 13:15 h. Novamente foi pedido compromisso com o horário para evitar o fato de termos que estender as atividades para além do tempo previsto e também em demonstração de respeito com os colegas que chegam no horário combinado.
Depois de uma mensagem inicial, fizemos a retomada dos conteúdos das Unidades 09 e 10 do TP 03 de Língua Portuguesa. Isso foi feito através de questões elaboradas anteriormente que eram respondidas pelos cursistas numa seqüência estabelecida pelo material do programa, respeitando as limitações individuais e oferecendo oportunidade para que todos pudessem participar comentando o que foi exposto e acrescentando informações que julgassem pertinentes ao assunto em questão. Ao final, fizemos a socialização do resumo do conteúdo através de slides, com o objetivo de sintetizar o que foi estudado nas unidades.
Na segunda parte da oficina encontramos alguma dificuldade, especificamente com relação aos relatos escritos, pois os cursistas alegaram não terem tido tempo para concluir a atividade do Avançando na Prática e produzir o texto relatando a mesma. Dessa forma, resolvemos dar mais uma semana para que eles possam fazer isso. A próxima oficina ficou marcada, então, para daqui a três semanas, dia 26 de maio. Em relação aos relatos orais, pudemos comprovar o sucesso de nossos cursistas, na maioria dos casos. Os próprios cursistas avaliaram essa como sendo a melhor parte da oficina já que puderam compartilhar as experiências, tanto de sucesso quanto de fracasso, com os colegas. Aqui gostaria de também expressar a minha satisfação com essa atividade que, apesar de alguns equívocos em sua aplicação, aponta para o sucesso de todos, a sua aprendizagem e o seu crescimento intelectual e profissional. Abro parênteses para destacar algumas dessas experiências com a aplicação da teoria na prática de sala de aula:
1. A cursista Elenara ,coordenadora pedagógica na Escola Castro Alves, relatou a sua experiência numa turma de 9° ano, na qual aplicou o Avançando na Prática da p. 25 que culmina na elaboração de um texto biográfico. Concluiu que, apesar das dificuldades iniciais como o desinteresse dos alunos e a sua inexperiência no trabalho com essa faixa etária, certamente alcançou êxito haja vista as produções realizadas ao final da atividade e a avaliação positiva que os alunos fizeram da mesma;
2. Numa turma de sexto ano, em outra escola e, por isso, numa realidade bem diferente da anterior foi que a cursista Eliene, secretária na Escola Jerônimo Santana, aplicou a mesma atividade que a deixou entusiasmada. Ela se referiu aos resultados alcançados, a produção de biografias, como bastante motivadores e, trouxe algumas dessas produções para mostrar ao grupo.
3. Outro relato que nos impressionou foi o do cursista Francisco Elivânio, professor na Escola Tancredo Neves que nos relatou também a mesma atividade só que em turmas de 9° ano, na verdade três turmas. Como era de se esperar, os resultados alcançados foram diferentes. O professor enfatizou a sua dificuldade inicial com uma turma considerada problemática, que por pouco não o fez desistir da empreitada, causando-lhe certa decepção. Porém, com sua insistência alcançou êxito também nessa turma o que o deixou bastante satisfeito. Considerou o trabalho que teve no planejamento, na aplicação e na aferição dos resultados muito proveitoso.
4. Ainda quero destacar o relato de duas cursistas que realizaram a mesma atividade sugerida pelo TP, na p. 41, que se refere à comparação entre textos de natureza diversa, mas que enfocam o mesmo tema: a fábula “A cigarra e a formiga”, em turmas também diferentes, mas da mesma faixa etária. São elas Sandra, professora na Escola Jerônimo Santana, e Genilsa, professora na Escola Tancredo Neves. Ambas consideraram o trabalho com os textos bastante produtivo, apesar de não terem ainda concluído a atividade com a produção textual, o que pretendem fazer em breve.
Para a atividade de transposição didática foi feita uma dinâmica de divisão de grupos e, na seqüência, uma apresentação dos descritores de habilidades do programa e a exposição oral e visual de um planejamento para que os cursistas pudessem interagir nos grupos com o conhecimento prévio dos itens a serem trabalhados no planejamento das aulas.
Todo o restante da oficina foi trabalhado como sugerido no TP, inclusive com a ilustração audiovisual dos textos “Poema tirado de uma notícia de jornal”, de Manuel Bandeira e “Bom dia” de Gilberto Gil e Milton Nascimento.
Concluindo, seria interessante acrescentar minhas observações particulares do encontro, que seriam as seguintes: a princípio, me senti um pouco desanimada com a desistência de duas cursistas que não eram foco do programa, mas haviam demonstrado grande interesse em participar do mesmo. Uma delas é a coordenadora pedagógica do Ceeja (antigo Supletivo) Carlos Drummond de Andrade, e a outra é uma das secretárias da Escola Jerônimo Santana. Ambas justificaram a desistência alegando estarem fazendo outros cursos que lhes tomam muito tempo, tornando assim inviável a sua participação eficaz e produtiva no Gestar II. Em contrapartida, o que me motivou bastante foi o fato de perceber o envolvimento dos outros cursistas no programa, o seu empenho na execução das atividades e a sua participação ativa em toda a oficina, levantando questionamentos e comentando o conteúdo estudado e as atividades realizadas.
Formadora do Gestar II – Língua Portuguesa - Cerejeiras – RO
Luiza Oliveira de Assunção
Oficinas Introdutórias
As oficinas introdutórias do Gestar II em Língua Portuguesa na cidade de Cerejeiras aconteceram no dia 21 de abril de 2009 na cidade de Cerejeiras. Digo oficinas, no plural, pois foram realizadas duas oficinas, uma no período da manhã, com início às 7:15 h, e outra no período da tarde, às 13:15 h .Isso observando a disponibilidade de horário dos cursistas. Pela manhã fizemos um acordo em relação ao horário de início dos encontros que será a partir das 7 h. A cursista Márcia(CEEJA) enfatizou a sua dificuldade em cumprir o horário estabelecido devido ao fato de trabalhar no período noturno.
Fizemos o estudo da proposta pedagógica do programa GestarII, entregamos o material do curso e realizamos a exploração do material, com vista no seu conhecimento, e fizemos o estudo preliminar da Unidade 09, do TP 03 – Gêneros textuais, do intuitivo ao sistematizado. A turma da tarde teve que sair mais cedo por causa da reunião do Sintero e, por isso, não foi feito o estudo da unidade 09 com eles.
Falamos sobre as Atividades de Apoio à Aprendizagem, sobre o Projeto e sobre a Lição de Casa.
Na avaliação da oficina, os cursistas sugeriram, principalmente, que o ambiente fosse mais arejado e fresquinho, problema esse que já havia sido detectado por nós e que nos preocupa muito, a questão do ar condicionado que não estava funcionando e, por isso, a sala estava muito quente. Um dos cursistas sugeriu também que fossem feitas dinâmicas para divisão dos grupos de estudo, o que eu particularmente acho desnecessário, mas vou pensar sobre o assunto e conversar com a minha coordenadora.
A princípio, pude perceber bastante receptividade por parte dos cursistas, principalmente a turma da manhã, em relação a mim como formadora e ao programa, apesar das dificuldades na sua implementação, como a falta de disponibilidade na carga horária dos professores para o estudo individual.
Foi possível observar também a ansiedade com que acessaram o material do curso, o que me deixou bastante satisfeita. Espero que o meu entusiasmo com a proposta pedagógica do programa possa contagiar a todos, para se sentirem motivados em realizar as atividades propostas, inclusive e principalmente as de aplicação prática, ou seja, o Avançando na Prática.
Tive a preocupação de disponibilizar o meu horário de trabalho e o meu endereço telefônico e eletrônico para que os cursistas possam me contatar em caso de dúvidas ou necessidade de ajuda, tanto no que se refere aos estudos individuais quanto à aplicação das atividades práticas em sala de aula.
Concluímos com a avaliação da oficina, a lição de casa e os encaminhamentos pra o próximo encontro, marcado para daqui a quinze dias, sempre numa terça feira.
Formadora de Língua Portuguesa do Gestar II em Cerejeiras - RO
Luiza Oliveira de Assunção
Relatório reunião de sensibilização com os cursistas do Programa Gestar II Cerejeiras – RO
Às sete e trinta horas da manhã do dia vinte e quatro de março de dois mil e nove estiveram presentes na sede do Gestar em Cerejeiras – RO, localizada mais especificamente na Escola Floriano Peixoto, os prováveis cursistas do programa Gestar II que está sendo implantado junto aos mesmos no referido município. Também estava presente, como encarregada da programação, a equipe do programa no município: Professora Maria de Jesus Piaia ( coordenadora) e a Professora Luiza Oliveira de Assunção ( formadora de Língua Portuguesa).
A coordenadora Maria deu inicio à reunião com a mensagem para reflexão inicial “Açúcar” fazendo os devidos comentários sobre a mesma. Em seguida foi feita a apresentação de slides sobre o programa, preparada exclusivamente para a ocasião. O objetivo do encontro era esclarecer alguns itens do programa Gestar II junto aos cursistas, fazendo com que os mesmos estejam cientes do seu compromisso com o programa.
Foram discutidos os seguintes assuntos:
· O que é o Gestar?
· Quem pode participar?
· Quais os papéis de cada um dos envolvidos no programa: diretor, supervisor, formador e cursista?
· Quais serão as ações do programa? O que são as oficinas? Quando e onde elas deverão acontecer?
· Quais são os materiais do programa?
· Qual é a carga horária do curso?
· Qual é a ementa do curso?
Assistimos ao vídeo com o relato de experiências dos cursistas de Ouro Preto do Oeste onde as oficinas já estão acontecendo e vimos também uma paródia sobre o programa, feita pela equipe do Gestar do município de Cacoal.
Tudo transcorreu conforme previsto e encerramos a reunião por volta das dez horas da manhã com a mensagem “Por uma nova postura” e os encaminhamentos finais. Ficou combinado que assim que for marcada a primeira oficina enviaremos ofícios às escolas notificando-as.
Segue a relação dos participantes presentes por escola: Sandra e Flomena – Escola Jerônimo Garcia de Santana, Wanderlei, Claci e Elias – Ceeja, Alessandra, Fátima e Silvia – Semed, Elizangela, Elenara e Josias – Castro Alves.
Em anexo o roteiro da reunião:
Por Luiza Oliveira de Assunção
Formadora de Língua Portuguesa
Cerejeiras - RO
Roteiro para Oficina de Sensibilização
7h e 30 min - Mensagem inicial “Açúcar” –(Maria de Jesus)
7h e 40 min - Esclarecimentos sobre o programa através de apresentação de slides:(Maria e Luiza)
· O que é o programa Gestar II?
· Quem pode participar?
· Quais são as ações do programa?
· Quais são as atribuições de cada um dos participantes do programa?
· O que são as oficinas? Quando e onde elas deverão acontecer?
· Quais são os materiais do programa?
· Qual é a carga horária do curso?
· Qual é a ementa do curso?
8h e 15 min - Leitura compartilhada do material impresso – p. 29, 30,31,32,33 e 34 do Guia Geral;(Luiza)
8h e 45 min - Vídeo Relato de experiência ( cursistas de Ouro Preto do Oeste);(Maria)
9h - Vídeo Paródia Gestar – Cacoal – RO(Maria)
9h e 15 min – Mensagem final: Uma nova postura(Luiza)
9h e 30 min - Encerramento
A coordenadora Maria deu inicio à reunião com a mensagem para reflexão inicial “Açúcar” fazendo os devidos comentários sobre a mesma. Em seguida foi feita a apresentação de slides sobre o programa, preparada exclusivamente para a ocasião. O objetivo do encontro era esclarecer alguns itens do programa Gestar II junto aos cursistas, fazendo com que os mesmos estejam cientes do seu compromisso com o programa.
Foram discutidos os seguintes assuntos:
· O que é o Gestar?
· Quem pode participar?
· Quais os papéis de cada um dos envolvidos no programa: diretor, supervisor, formador e cursista?
· Quais serão as ações do programa? O que são as oficinas? Quando e onde elas deverão acontecer?
· Quais são os materiais do programa?
· Qual é a carga horária do curso?
· Qual é a ementa do curso?
Assistimos ao vídeo com o relato de experiências dos cursistas de Ouro Preto do Oeste onde as oficinas já estão acontecendo e vimos também uma paródia sobre o programa, feita pela equipe do Gestar do município de Cacoal.
Tudo transcorreu conforme previsto e encerramos a reunião por volta das dez horas da manhã com a mensagem “Por uma nova postura” e os encaminhamentos finais. Ficou combinado que assim que for marcada a primeira oficina enviaremos ofícios às escolas notificando-as.
Segue a relação dos participantes presentes por escola: Sandra e Flomena – Escola Jerônimo Garcia de Santana, Wanderlei, Claci e Elias – Ceeja, Alessandra, Fátima e Silvia – Semed, Elizangela, Elenara e Josias – Castro Alves.
Em anexo o roteiro da reunião:
Por Luiza Oliveira de Assunção
Formadora de Língua Portuguesa
Cerejeiras - RO
Roteiro para Oficina de Sensibilização
7h e 30 min - Mensagem inicial “Açúcar” –(Maria de Jesus)
7h e 40 min - Esclarecimentos sobre o programa através de apresentação de slides:(Maria e Luiza)
· O que é o programa Gestar II?
· Quem pode participar?
· Quais são as ações do programa?
· Quais são as atribuições de cada um dos participantes do programa?
· O que são as oficinas? Quando e onde elas deverão acontecer?
· Quais são os materiais do programa?
· Qual é a carga horária do curso?
· Qual é a ementa do curso?
8h e 15 min - Leitura compartilhada do material impresso – p. 29, 30,31,32,33 e 34 do Guia Geral;(Luiza)
8h e 45 min - Vídeo Relato de experiência ( cursistas de Ouro Preto do Oeste);(Maria)
9h - Vídeo Paródia Gestar – Cacoal – RO(Maria)
9h e 15 min – Mensagem final: Uma nova postura(Luiza)
9h e 30 min - Encerramento
Reunião com os diretores – 20/03/2009
Às oito horas e trinta minutos do dia vinte de março de dois mil e nove estiveram reunidos na sala do Gestar – Escola Floriano Peixoto – a equipe do Gestar II, Luiza e Maria de Jesus, a Representante da Seduc em Cerejeiras Lisete Marth Panato, a coordenadora pedagógica da Ren- Seduc em Cerejeiras Ana e os diretores de escolas estaduais Augustinho Olkoski – Ceeja, Salete Amarante – Castro Alves, Eliseu – Jerônimo, Joás –Tancredo e Rosane Pogere – Representante da Semed – Cerejeiras. O objetivo do encontro era esclarecer alguns itens do programa Gestar II junto aos diretores de escola, fazendo com que os mesmos estejam cientes do seu compromisso com o programa.
Foram discutidos os seguintes assuntos:
· O que é o Gestar?
· Quem pode participar?
· Quais os papéis de cada um dos envolvidos no programa: diretor, supervisor, formador e cursista?
· Quais serão as ações do programa?
Passamos as fichas de cadastro das escolas e dos cursistas e o termo de compromisso que as escolas assumem com o programa. Os diretores ficaram encarregados do seu preenchimento e encaminhamento à Ren – Seduc – Cerejeiras até o dia 06 de abril do corrente ano.
Ficou combinado também que nós prepararemos e executaremos uma oficina de sensibilização para os prováveis cursistas, a ser realizada no próximo dia vinte e quatro( março) , às sete e trinta da manhã para os professores que tiverem disponibilidade para o período da manhã e outra às treze e trinta para os que não puderem estar presentes na primeira. Isso foi um acordo do grupo.
Em relação ao horário das oficinas foi acordado que os gestores deverão dar prioridade, na elaboração da lotação e dos horários de aula, de alguma forma, para os cursistas, não só do Gestar II, mas de todo programa de formação continuada em serviço como forma de incentivo aos profissionais que tiverem interesse em se atualizarem na profissão.
Por fim, é necessário registrar a falta do representante da Escola Inácio de Castro – Pimenteiras que, por motivo do deslocamento no dia anterior, não pode se fazer presente.
Luiza Oliveira de Assunção
Formadora do Gestar II – Língua Portuguesa – Cerejeiras - RO
Às oito horas e trinta minutos do dia vinte de março de dois mil e nove estiveram reunidos na sala do Gestar – Escola Floriano Peixoto – a equipe do Gestar II, Luiza e Maria de Jesus, a Representante da Seduc em Cerejeiras Lisete Marth Panato, a coordenadora pedagógica da Ren- Seduc em Cerejeiras Ana e os diretores de escolas estaduais Augustinho Olkoski – Ceeja, Salete Amarante – Castro Alves, Eliseu – Jerônimo, Joás –Tancredo e Rosane Pogere – Representante da Semed – Cerejeiras. O objetivo do encontro era esclarecer alguns itens do programa Gestar II junto aos diretores de escola, fazendo com que os mesmos estejam cientes do seu compromisso com o programa.
Foram discutidos os seguintes assuntos:
· O que é o Gestar?
· Quem pode participar?
· Quais os papéis de cada um dos envolvidos no programa: diretor, supervisor, formador e cursista?
· Quais serão as ações do programa?
Passamos as fichas de cadastro das escolas e dos cursistas e o termo de compromisso que as escolas assumem com o programa. Os diretores ficaram encarregados do seu preenchimento e encaminhamento à Ren – Seduc – Cerejeiras até o dia 06 de abril do corrente ano.
Ficou combinado também que nós prepararemos e executaremos uma oficina de sensibilização para os prováveis cursistas, a ser realizada no próximo dia vinte e quatro( março) , às sete e trinta da manhã para os professores que tiverem disponibilidade para o período da manhã e outra às treze e trinta para os que não puderem estar presentes na primeira. Isso foi um acordo do grupo.
Em relação ao horário das oficinas foi acordado que os gestores deverão dar prioridade, na elaboração da lotação e dos horários de aula, de alguma forma, para os cursistas, não só do Gestar II, mas de todo programa de formação continuada em serviço como forma de incentivo aos profissionais que tiverem interesse em se atualizarem na profissão.
Por fim, é necessário registrar a falta do representante da Escola Inácio de Castro – Pimenteiras que, por motivo do deslocamento no dia anterior, não pode se fazer presente.
Luiza Oliveira de Assunção
Formadora do Gestar II – Língua Portuguesa – Cerejeiras - RO
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Autobiografia
Meu nome é Luiza Oliveira de Assunção, nasci aos 19 de dezembro de 1965, na cidade de Deodápolis, Mato Grosso do Sul.
Antes de completar sete anos, meu pai resolveu se mudar com a família para a capital de São Paulo, onde pretendia melhores oportunidades de emprego e estudo para os filhos.
A primeira escola de que me lembro ficava na capital de São Paulo, num bairro chamado Penha de França. Era um prédio de três andares e chamava-se Colégio Padre Antão. Eu me recordo bem das escadas, que era por onde eu, ainda criança, corria em busca da merenda e das brincadeiras do recreio. Na sala de aula, me recordo apenas de um professor de quinta-série. Ele era negro, alto, magro e muito sisudo, mas eu me identificava muito com ele, ele dava aulas de Português e, com certeza, foi o responsável pelo gosto que adquiri pela leitura.
O que mais me fascinavam eram os textos que me transportavam para um mundo de fantasia, cheio de emoção e de alegria. Eu me concentrava tanto nas leituras, nas histórias, que perdia a noção do tempo, da realidade, e muitas vezes fui repreendida duramente por isso, pois tinha que cuidar dos serviços da casa primeiro e, muitas vezes, me surpreendiam com um livro nas mãos, entretida com as aventuras dos personagens.
Pegava livros emprestados na biblioteca da escola, na biblioteca pública e dos meus professores. Adorava entrar em livrarias e sonhava em um dia poder adquirir todos aqueles livros ali expostos. Era meu sonho de consumo. Meus irmãos mais velhos também contribuíam trazendo material de leitura para mim. Gibis, revistas, livros os mais diversos, fotonovelas e outros. Tinha preferência por textos narrativos e que tivessem bastantes diálogos.
Aos onze anos de idade nos mudamos novamente. Agora para a cidade de Campo Grande. Ali, estudei numa escola muito boa, cujo nome homenageava o Padre Heitor Castoldi. Datam dessa época algumas lembranças muito boas como o contato com a música e as festas regionais.
Permanecemos somente um ano naquele lugar, de onde saímos atraídos pela possibilidade de adquirir um pedaço de terra. Viemos para Rondônia em 1978 e nos instalamos inicialmente na cidade de Colorado do Oeste e depois no sítio que meu pai ganhou do Incra.
Essa nova morada ficava localizada muito distante da cidade e, por isso, fui obrigada a interromper meus estudos na sétima série do ensino fundamental. Também rarearam as possibilidades de acesso a qualquer material de leitura, então lia o que me caía nas mãos.
Aos dezesseis anos me casei e, um ano depois, já era professora numa escolinha rural em turmas multisseriadas.
Logo em seguida me inscrevi num curso de formação de professores à distância, o Logos II.
Com minha sede de saber, consegui alcançar, nesse curso, um dos recordes dos quais me orgulho em meus estudos. Concluí o curso em menos de quatorze meses, realizando até quatorze provas em um só dia.
Assim “formada”, resolvi me mudar, com minha família para a cidade de Cerejeiras, quando fui trabalhar na Escola Tancredo Neves, isso em 1986.
Trabalhava com turmas do primário, segunda e terceira série, a maior parte do tempo.
Em 1995, surgiu a oportunidade de realizar mais um dos meus sonhos, um curso de graduação na área de Língua Portuguesa. Era um curso da UNIR, Universidade Federal de Rondônia. Quando comecei o curso, fui convidada a trabalhar com as séries finais do ensino fundamental e o ensino médio.
Em 2000, seis meses depois de minha formatura, fui surpreendida em minhas convicções pela demissão. O Governo do Estado, alegando a necessidade de enxugar a folha de pagamento, demitiu um grande número de funcionários.
Fiquei desesperada! Já havia percebido que a educação era a minha vida e não poderia viver de outra forma. Busquei por diversos meios reaver meu cargo, mas foi tudo em vão, percebi que não poderia tê-lo de volta. Minha salvação foram as escolas particulares e algumas aulas pelo município, até poder voltar. Agora de acordo com a lei. Com nível superior e concurso público. Fiz o concurso em 2001, passei e fui chamada pra tomar posse no meu cargo de Professora Nível III em abril do mesmo ano. Em 2008, fui convidada a fazer parte da equipe do Gestar II em Cerejeiras como formadora de Língua Portuguesa, com o qual espero poder contribuir para a formação continuada de muitos outros colegas professores e, dessa forma, ajudar na melhoria do qualidade da educação que é oferecida aos nossos jovens estudantes, principalmente, daqueles que são foco do programa, de sexto ao nono ano.
E o futuro? A Deus pertence... Mas acredito que estou deixando a minha contribuição para que ele seja melhor.
Antes de completar sete anos, meu pai resolveu se mudar com a família para a capital de São Paulo, onde pretendia melhores oportunidades de emprego e estudo para os filhos.
A primeira escola de que me lembro ficava na capital de São Paulo, num bairro chamado Penha de França. Era um prédio de três andares e chamava-se Colégio Padre Antão. Eu me recordo bem das escadas, que era por onde eu, ainda criança, corria em busca da merenda e das brincadeiras do recreio. Na sala de aula, me recordo apenas de um professor de quinta-série. Ele era negro, alto, magro e muito sisudo, mas eu me identificava muito com ele, ele dava aulas de Português e, com certeza, foi o responsável pelo gosto que adquiri pela leitura.
O que mais me fascinavam eram os textos que me transportavam para um mundo de fantasia, cheio de emoção e de alegria. Eu me concentrava tanto nas leituras, nas histórias, que perdia a noção do tempo, da realidade, e muitas vezes fui repreendida duramente por isso, pois tinha que cuidar dos serviços da casa primeiro e, muitas vezes, me surpreendiam com um livro nas mãos, entretida com as aventuras dos personagens.
Pegava livros emprestados na biblioteca da escola, na biblioteca pública e dos meus professores. Adorava entrar em livrarias e sonhava em um dia poder adquirir todos aqueles livros ali expostos. Era meu sonho de consumo. Meus irmãos mais velhos também contribuíam trazendo material de leitura para mim. Gibis, revistas, livros os mais diversos, fotonovelas e outros. Tinha preferência por textos narrativos e que tivessem bastantes diálogos.
Aos onze anos de idade nos mudamos novamente. Agora para a cidade de Campo Grande. Ali, estudei numa escola muito boa, cujo nome homenageava o Padre Heitor Castoldi. Datam dessa época algumas lembranças muito boas como o contato com a música e as festas regionais.
Permanecemos somente um ano naquele lugar, de onde saímos atraídos pela possibilidade de adquirir um pedaço de terra. Viemos para Rondônia em 1978 e nos instalamos inicialmente na cidade de Colorado do Oeste e depois no sítio que meu pai ganhou do Incra.
Essa nova morada ficava localizada muito distante da cidade e, por isso, fui obrigada a interromper meus estudos na sétima série do ensino fundamental. Também rarearam as possibilidades de acesso a qualquer material de leitura, então lia o que me caía nas mãos.
Aos dezesseis anos me casei e, um ano depois, já era professora numa escolinha rural em turmas multisseriadas.
Logo em seguida me inscrevi num curso de formação de professores à distância, o Logos II.
Com minha sede de saber, consegui alcançar, nesse curso, um dos recordes dos quais me orgulho em meus estudos. Concluí o curso em menos de quatorze meses, realizando até quatorze provas em um só dia.
Assim “formada”, resolvi me mudar, com minha família para a cidade de Cerejeiras, quando fui trabalhar na Escola Tancredo Neves, isso em 1986.
Trabalhava com turmas do primário, segunda e terceira série, a maior parte do tempo.
Em 1995, surgiu a oportunidade de realizar mais um dos meus sonhos, um curso de graduação na área de Língua Portuguesa. Era um curso da UNIR, Universidade Federal de Rondônia. Quando comecei o curso, fui convidada a trabalhar com as séries finais do ensino fundamental e o ensino médio.
Em 2000, seis meses depois de minha formatura, fui surpreendida em minhas convicções pela demissão. O Governo do Estado, alegando a necessidade de enxugar a folha de pagamento, demitiu um grande número de funcionários.
Fiquei desesperada! Já havia percebido que a educação era a minha vida e não poderia viver de outra forma. Busquei por diversos meios reaver meu cargo, mas foi tudo em vão, percebi que não poderia tê-lo de volta. Minha salvação foram as escolas particulares e algumas aulas pelo município, até poder voltar. Agora de acordo com a lei. Com nível superior e concurso público. Fiz o concurso em 2001, passei e fui chamada pra tomar posse no meu cargo de Professora Nível III em abril do mesmo ano. Em 2008, fui convidada a fazer parte da equipe do Gestar II em Cerejeiras como formadora de Língua Portuguesa, com o qual espero poder contribuir para a formação continuada de muitos outros colegas professores e, dessa forma, ajudar na melhoria do qualidade da educação que é oferecida aos nossos jovens estudantes, principalmente, daqueles que são foco do programa, de sexto ao nono ano.
E o futuro? A Deus pertence... Mas acredito que estou deixando a minha contribuição para que ele seja melhor.