Blog da Luiza - Gestar 2


quarta-feira, 17 de junho de 2009

Oficina 07 – Leitura e Processos de Escrita I

Esta oficina aconteceu no dia 09/06/2009.

Iniciando o encontro fizemos uma reflexão com o clipe “Comercial nota 100”, da Metal Singer, que fala sobre os desafios e necessidades do homem na atualidade.
A seguir, retomamos os conteúdos das unidades estudadas: Leitura, escrita e cultura ( Unid.13) e O processo de leitura ( Unid. 14). Introduzimos cada seção com questionamentos referentes ao assunto ali tratado e sistematizamos com a exploração de slides previamente preparados.

Pudemos observar que uma boa parte dos cursistas não está fazendo a leitura prévia das Unidades que são estudadas nas oficinas, como foi sugerido por nós. Devido a isso, resolvemos sugerir a criação de grupos de estudo que se reuniriam durante a semana, de modo a discutirem o assunto da teoria e prepararem a apresentação(seminário) de duas seções estudadas. Sugerimos então que os mesmos fizessem anotações sobre dúvidas, discordâncias e comentários a respeito do conteúdo para serem expostos e discutidos no encontro.

Esta primeira parte da oficina demorou mais do que o esperado, pois houve bastante participação dos cursistas que demonstraram grande interesse pelo assunto.
Devido a isso, os relatos de experiência tiveram que ser feitos em um espaço menor de tempo. Nesse momento, procuramos priorizar os relatos daqueles que ainda não haviam participado, no que fomos prontamente atendidos. Pudemos, inclusive, perceber uma certa ansiedade em nos colocar a par de cada experiência realizada com as atividades sugeridas.

Na atividade de transposição didática, houve a discussão e a preparação, em pequenos grupos, de uma seqüência metodológica que levasse à leitura e análise do texto Cidadezinha qualquer, de Carlos Drummond de Andrade. Um dos grupos, ao socializar com os demais o resultado de seu trabalho, sugeriu uma seqüência que leva à produção de um texto poético tendo como tema a cidade de Cerejeiras. Prontamente surgiram ofertas de materiais que poderiam servir como recurso para a ampliação dessa seqüência e sua transposição para a categoria projeto interdisciplinar. Aproveitamos pra mostrar e sugerir alguns videoclipes que também poderiam servir como recurso para a elaboração e o desenvolvimento desse projeto. São eles: Cidadezinha qualquer, Tarde em Itapuã, Sampa e Samba do avião (Youtube).

Concluímos o encontro com a avaliação. Deixamos livre para os cursistas escreverem sobre os aspectos que gostariam de destacar e por quê. De maneira geral, eles demonstraram satisfação com o programa, mas alguns ainda reclamam da necessidade de mais tempo para desenvolver as atividades.
Sinto que alguns cursistas ainda não entenderam a amplitude do nosso trabalho e não estão, realmente, levando-o a sério. Mas creio que, mesmo esses, em breve estarão sentindo as mudanças que o programa proporciona. Mudanças essas que não se restringem apenas ao conhecimento teórico adquirido, mas alcança e transforma as concepções e práticas no ensino da língua.

Luiza Oliveira de Assunção
Formadora de Língua Portuguesa
Cerejeiras - RO

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Autobiografia

Meu nome é Luiza Oliveira de Assunção, nasci aos 19 de dezembro de 1965, na cidade de Deodápolis, Mato Grosso do Sul.
Antes de completar sete anos, meu pai resolveu se mudar com a família para a capital de São Paulo, onde pretendia melhores oportunidades de emprego e estudo para os filhos.

A primeira escola de que me lembro ficava na capital de São Paulo, num bairro chamado Penha de França. Era um prédio de três andares e chamava-se Colégio Padre Antão. Eu me recordo bem das escadas, que era por onde eu, ainda criança, corria em busca da merenda e das brincadeiras do recreio. Na sala de aula, me recordo apenas de um professor de quinta-série. Ele era negro, alto, magro e muito sisudo, mas eu me identificava muito com ele, ele dava aulas de Português e, com certeza, foi o responsável pelo gosto que adquiri pela leitura.

O que mais me fascinavam eram os textos que me transportavam para um mundo de fantasia, cheio de emoção e de alegria. Eu me concentrava tanto nas leituras, nas histórias, que perdia a noção do tempo, da realidade, e muitas vezes fui repreendida duramente por isso, pois tinha que cuidar dos serviços da casa primeiro e, muitas vezes, me surpreendiam com um livro nas mãos, entretida com as aventuras dos personagens.
Pegava livros emprestados na biblioteca da escola, na biblioteca pública e dos meus professores. Adorava entrar em livrarias e sonhava em um dia poder adquirir todos aqueles livros ali expostos. Era meu sonho de consumo. Meus irmãos mais velhos também contribuíam trazendo material de leitura para mim. Gibis, revistas, livros os mais diversos, fotonovelas e outros. Tinha preferência por textos narrativos e que tivessem bastantes diálogos.
Aos onze anos de idade nos mudamos novamente. Agora para a cidade de Campo Grande. Ali, estudei numa escola muito boa, cujo nome homenageava o Padre Heitor Castoldi. Datam dessa época algumas lembranças muito boas como o contato com a música e as festas regionais.
Permanecemos somente um ano naquele lugar, de onde saímos atraídos pela possibilidade de adquirir um pedaço de terra. Viemos para Rondônia em 1978 e nos instalamos inicialmente na cidade de Colorado do Oeste e depois no sítio que meu pai ganhou do Incra.
Essa nova morada ficava localizada muito distante da cidade e, por isso, fui obrigada a interromper meus estudos na sétima série do ensino fundamental. Também rarearam as possibilidades de acesso a qualquer material de leitura, então lia o que me caía nas mãos.
Aos dezesseis anos me casei e, um ano depois, já era professora numa escolinha rural em turmas multisseriadas.
Logo em seguida me inscrevi num curso de formação de professores à distância, o Logos II.
Com minha sede de saber, consegui alcançar, nesse curso, um dos recordes dos quais me orgulho em meus estudos. Concluí o curso em menos de quatorze meses, realizando até quatorze provas em um só dia.
Assim “formada”, resolvi me mudar, com minha família para a cidade de Cerejeiras, quando fui trabalhar na Escola Tancredo Neves, isso em 1986.

Trabalhava com turmas do primário, segunda e terceira série, a maior parte do tempo.
Em 1995, surgiu a oportunidade de realizar mais um dos meus sonhos, um curso de graduação na área de Língua Portuguesa. Era um curso da UNIR, Universidade Federal de Rondônia. Quando comecei o curso, fui convidada a trabalhar com as séries finais do ensino fundamental e o ensino médio.
Em 2000, seis meses depois de minha formatura, fui surpreendida em minhas convicções pela demissão. O Governo do Estado, alegando a necessidade de enxugar a folha de pagamento, demitiu um grande número de funcionários.
Fiquei desesperada! Já havia percebido que a educação era a minha vida e não poderia viver de outra forma. Busquei por diversos meios reaver meu cargo, mas foi tudo em vão, percebi que não poderia tê-lo de volta. Minha salvação foram as escolas particulares e algumas aulas pelo município, até poder voltar. Agora de acordo com a lei. Com nível superior e concurso público. Fiz o concurso em 2001, passei e fui chamada pra tomar posse no meu cargo de Professora Nível III em abril do mesmo ano. Em 2008, fui convidada a fazer parte da equipe do Gestar II em Cerejeiras como formadora de Língua Portuguesa, com o qual espero poder contribuir para a formação continuada de muitos outros colegas professores e, dessa forma, ajudar na melhoria do qualidade da educação que é oferecida aos nossos jovens estudantes, principalmente, daqueles que são foco do programa, de sexto ao nono ano.


E o futuro? A Deus pertence... Mas acredito que estou deixando a minha contribuição para que ele seja melhor.