Blog da Luiza - Gestar 2


sexta-feira, 5 de junho de 2009

Relatório reunião de sensibilização com os cursistas do Programa Gestar II Cerejeiras – RO

Às sete e trinta horas da manhã do dia vinte e quatro de março de dois mil e nove estiveram presentes na sede do Gestar em Cerejeiras – RO, localizada mais especificamente na Escola Floriano Peixoto, os prováveis cursistas do programa Gestar II que está sendo implantado junto aos mesmos no referido município. Também estava presente, como encarregada da programação, a equipe do programa no município: Professora Maria de Jesus Piaia ( coordenadora) e a Professora Luiza Oliveira de Assunção ( formadora de Língua Portuguesa).

A coordenadora Maria deu inicio à reunião com a mensagem para reflexão inicial “Açúcar” fazendo os devidos comentários sobre a mesma. Em seguida foi feita a apresentação de slides sobre o programa, preparada exclusivamente para a ocasião. O objetivo do encontro era esclarecer alguns itens do programa Gestar II junto aos cursistas, fazendo com que os mesmos estejam cientes do seu compromisso com o programa.

Foram discutidos os seguintes assuntos:

· O que é o Gestar?
· Quem pode participar?
· Quais os papéis de cada um dos envolvidos no programa: diretor, supervisor, formador e cursista?
· Quais serão as ações do programa? O que são as oficinas? Quando e onde elas deverão acontecer?
· Quais são os materiais do programa?
· Qual é a carga horária do curso?
· Qual é a ementa do curso?

Assistimos ao vídeo com o relato de experiências dos cursistas de Ouro Preto do Oeste onde as oficinas já estão acontecendo e vimos também uma paródia sobre o programa, feita pela equipe do Gestar do município de Cacoal.

Tudo transcorreu conforme previsto e encerramos a reunião por volta das dez horas da manhã com a mensagem “Por uma nova postura” e os encaminhamentos finais. Ficou combinado que assim que for marcada a primeira oficina enviaremos ofícios às escolas notificando-as.
Segue a relação dos participantes presentes por escola: Sandra e Flomena – Escola Jerônimo Garcia de Santana, Wanderlei, Claci e Elias – Ceeja, Alessandra, Fátima e Silvia – Semed, Elizangela, Elenara e Josias – Castro Alves.

Em anexo o roteiro da reunião:

Por Luiza Oliveira de Assunção
Formadora de Língua Portuguesa
Cerejeiras - RO

Roteiro para Oficina de Sensibilização

7h e 30 min - Mensagem inicial “Açúcar” –(Maria de Jesus)
7h e 40 min - Esclarecimentos sobre o programa através de apresentação de slides:(Maria e Luiza)
· O que é o programa Gestar II?
· Quem pode participar?
· Quais são as ações do programa?
· Quais são as atribuições de cada um dos participantes do programa?
· O que são as oficinas? Quando e onde elas deverão acontecer?
· Quais são os materiais do programa?
· Qual é a carga horária do curso?
· Qual é a ementa do curso?

8h e 15 min - Leitura compartilhada do material impresso – p. 29, 30,31,32,33 e 34 do Guia Geral;(Luiza)
8h e 45 min - Vídeo Relato de experiência ( cursistas de Ouro Preto do Oeste);(Maria)

9h - Vídeo Paródia Gestar – Cacoal – RO(Maria)

9h e 15 min – Mensagem final: Uma nova postura(Luiza)

9h e 30 min - Encerramento

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Autobiografia

Meu nome é Luiza Oliveira de Assunção, nasci aos 19 de dezembro de 1965, na cidade de Deodápolis, Mato Grosso do Sul.
Antes de completar sete anos, meu pai resolveu se mudar com a família para a capital de São Paulo, onde pretendia melhores oportunidades de emprego e estudo para os filhos.

A primeira escola de que me lembro ficava na capital de São Paulo, num bairro chamado Penha de França. Era um prédio de três andares e chamava-se Colégio Padre Antão. Eu me recordo bem das escadas, que era por onde eu, ainda criança, corria em busca da merenda e das brincadeiras do recreio. Na sala de aula, me recordo apenas de um professor de quinta-série. Ele era negro, alto, magro e muito sisudo, mas eu me identificava muito com ele, ele dava aulas de Português e, com certeza, foi o responsável pelo gosto que adquiri pela leitura.

O que mais me fascinavam eram os textos que me transportavam para um mundo de fantasia, cheio de emoção e de alegria. Eu me concentrava tanto nas leituras, nas histórias, que perdia a noção do tempo, da realidade, e muitas vezes fui repreendida duramente por isso, pois tinha que cuidar dos serviços da casa primeiro e, muitas vezes, me surpreendiam com um livro nas mãos, entretida com as aventuras dos personagens.
Pegava livros emprestados na biblioteca da escola, na biblioteca pública e dos meus professores. Adorava entrar em livrarias e sonhava em um dia poder adquirir todos aqueles livros ali expostos. Era meu sonho de consumo. Meus irmãos mais velhos também contribuíam trazendo material de leitura para mim. Gibis, revistas, livros os mais diversos, fotonovelas e outros. Tinha preferência por textos narrativos e que tivessem bastantes diálogos.
Aos onze anos de idade nos mudamos novamente. Agora para a cidade de Campo Grande. Ali, estudei numa escola muito boa, cujo nome homenageava o Padre Heitor Castoldi. Datam dessa época algumas lembranças muito boas como o contato com a música e as festas regionais.
Permanecemos somente um ano naquele lugar, de onde saímos atraídos pela possibilidade de adquirir um pedaço de terra. Viemos para Rondônia em 1978 e nos instalamos inicialmente na cidade de Colorado do Oeste e depois no sítio que meu pai ganhou do Incra.
Essa nova morada ficava localizada muito distante da cidade e, por isso, fui obrigada a interromper meus estudos na sétima série do ensino fundamental. Também rarearam as possibilidades de acesso a qualquer material de leitura, então lia o que me caía nas mãos.
Aos dezesseis anos me casei e, um ano depois, já era professora numa escolinha rural em turmas multisseriadas.
Logo em seguida me inscrevi num curso de formação de professores à distância, o Logos II.
Com minha sede de saber, consegui alcançar, nesse curso, um dos recordes dos quais me orgulho em meus estudos. Concluí o curso em menos de quatorze meses, realizando até quatorze provas em um só dia.
Assim “formada”, resolvi me mudar, com minha família para a cidade de Cerejeiras, quando fui trabalhar na Escola Tancredo Neves, isso em 1986.

Trabalhava com turmas do primário, segunda e terceira série, a maior parte do tempo.
Em 1995, surgiu a oportunidade de realizar mais um dos meus sonhos, um curso de graduação na área de Língua Portuguesa. Era um curso da UNIR, Universidade Federal de Rondônia. Quando comecei o curso, fui convidada a trabalhar com as séries finais do ensino fundamental e o ensino médio.
Em 2000, seis meses depois de minha formatura, fui surpreendida em minhas convicções pela demissão. O Governo do Estado, alegando a necessidade de enxugar a folha de pagamento, demitiu um grande número de funcionários.
Fiquei desesperada! Já havia percebido que a educação era a minha vida e não poderia viver de outra forma. Busquei por diversos meios reaver meu cargo, mas foi tudo em vão, percebi que não poderia tê-lo de volta. Minha salvação foram as escolas particulares e algumas aulas pelo município, até poder voltar. Agora de acordo com a lei. Com nível superior e concurso público. Fiz o concurso em 2001, passei e fui chamada pra tomar posse no meu cargo de Professora Nível III em abril do mesmo ano. Em 2008, fui convidada a fazer parte da equipe do Gestar II em Cerejeiras como formadora de Língua Portuguesa, com o qual espero poder contribuir para a formação continuada de muitos outros colegas professores e, dessa forma, ajudar na melhoria do qualidade da educação que é oferecida aos nossos jovens estudantes, principalmente, daqueles que são foco do programa, de sexto ao nono ano.


E o futuro? A Deus pertence... Mas acredito que estou deixando a minha contribuição para que ele seja melhor.