Reunião com os diretores – 20/03/2009
Às oito horas e trinta minutos do dia vinte de março de dois mil e nove estiveram reunidos na sala do Gestar – Escola Floriano Peixoto – a equipe do Gestar II, Luiza e Maria de Jesus, a Representante da Seduc em Cerejeiras Lisete Marth Panato, a coordenadora pedagógica da Ren- Seduc em Cerejeiras Ana e os diretores de escolas estaduais Augustinho Olkoski – Ceeja, Salete Amarante – Castro Alves, Eliseu – Jerônimo, Joás –Tancredo e Rosane Pogere – Representante da Semed – Cerejeiras. O objetivo do encontro era esclarecer alguns itens do programa Gestar II junto aos diretores de escola, fazendo com que os mesmos estejam cientes do seu compromisso com o programa.
Foram discutidos os seguintes assuntos:
· O que é o Gestar?
· Quem pode participar?
· Quais os papéis de cada um dos envolvidos no programa: diretor, supervisor, formador e cursista?
· Quais serão as ações do programa?
Passamos as fichas de cadastro das escolas e dos cursistas e o termo de compromisso que as escolas assumem com o programa. Os diretores ficaram encarregados do seu preenchimento e encaminhamento à Ren – Seduc – Cerejeiras até o dia 06 de abril do corrente ano.
Ficou combinado também que nós prepararemos e executaremos uma oficina de sensibilização para os prováveis cursistas, a ser realizada no próximo dia vinte e quatro( março) , às sete e trinta da manhã para os professores que tiverem disponibilidade para o período da manhã e outra às treze e trinta para os que não puderem estar presentes na primeira. Isso foi um acordo do grupo.
Em relação ao horário das oficinas foi acordado que os gestores deverão dar prioridade, na elaboração da lotação e dos horários de aula, de alguma forma, para os cursistas, não só do Gestar II, mas de todo programa de formação continuada em serviço como forma de incentivo aos profissionais que tiverem interesse em se atualizarem na profissão.
Por fim, é necessário registrar a falta do representante da Escola Inácio de Castro – Pimenteiras que, por motivo do deslocamento no dia anterior, não pode se fazer presente.
Luiza Oliveira de Assunção
Formadora do Gestar II – Língua Portuguesa – Cerejeiras - RO
Blog da Luiza - Gestar 2
sexta-feira, 5 de junho de 2009
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Autobiografia
Meu nome é Luiza Oliveira de Assunção, nasci aos 19 de dezembro de 1965, na cidade de Deodápolis, Mato Grosso do Sul.
Antes de completar sete anos, meu pai resolveu se mudar com a família para a capital de São Paulo, onde pretendia melhores oportunidades de emprego e estudo para os filhos.
A primeira escola de que me lembro ficava na capital de São Paulo, num bairro chamado Penha de França. Era um prédio de três andares e chamava-se Colégio Padre Antão. Eu me recordo bem das escadas, que era por onde eu, ainda criança, corria em busca da merenda e das brincadeiras do recreio. Na sala de aula, me recordo apenas de um professor de quinta-série. Ele era negro, alto, magro e muito sisudo, mas eu me identificava muito com ele, ele dava aulas de Português e, com certeza, foi o responsável pelo gosto que adquiri pela leitura.
O que mais me fascinavam eram os textos que me transportavam para um mundo de fantasia, cheio de emoção e de alegria. Eu me concentrava tanto nas leituras, nas histórias, que perdia a noção do tempo, da realidade, e muitas vezes fui repreendida duramente por isso, pois tinha que cuidar dos serviços da casa primeiro e, muitas vezes, me surpreendiam com um livro nas mãos, entretida com as aventuras dos personagens.
Pegava livros emprestados na biblioteca da escola, na biblioteca pública e dos meus professores. Adorava entrar em livrarias e sonhava em um dia poder adquirir todos aqueles livros ali expostos. Era meu sonho de consumo. Meus irmãos mais velhos também contribuíam trazendo material de leitura para mim. Gibis, revistas, livros os mais diversos, fotonovelas e outros. Tinha preferência por textos narrativos e que tivessem bastantes diálogos.
Aos onze anos de idade nos mudamos novamente. Agora para a cidade de Campo Grande. Ali, estudei numa escola muito boa, cujo nome homenageava o Padre Heitor Castoldi. Datam dessa época algumas lembranças muito boas como o contato com a música e as festas regionais.
Permanecemos somente um ano naquele lugar, de onde saímos atraídos pela possibilidade de adquirir um pedaço de terra. Viemos para Rondônia em 1978 e nos instalamos inicialmente na cidade de Colorado do Oeste e depois no sítio que meu pai ganhou do Incra.
Essa nova morada ficava localizada muito distante da cidade e, por isso, fui obrigada a interromper meus estudos na sétima série do ensino fundamental. Também rarearam as possibilidades de acesso a qualquer material de leitura, então lia o que me caía nas mãos.
Aos dezesseis anos me casei e, um ano depois, já era professora numa escolinha rural em turmas multisseriadas.
Logo em seguida me inscrevi num curso de formação de professores à distância, o Logos II.
Com minha sede de saber, consegui alcançar, nesse curso, um dos recordes dos quais me orgulho em meus estudos. Concluí o curso em menos de quatorze meses, realizando até quatorze provas em um só dia.
Assim “formada”, resolvi me mudar, com minha família para a cidade de Cerejeiras, quando fui trabalhar na Escola Tancredo Neves, isso em 1986.
Trabalhava com turmas do primário, segunda e terceira série, a maior parte do tempo.
Em 1995, surgiu a oportunidade de realizar mais um dos meus sonhos, um curso de graduação na área de Língua Portuguesa. Era um curso da UNIR, Universidade Federal de Rondônia. Quando comecei o curso, fui convidada a trabalhar com as séries finais do ensino fundamental e o ensino médio.
Em 2000, seis meses depois de minha formatura, fui surpreendida em minhas convicções pela demissão. O Governo do Estado, alegando a necessidade de enxugar a folha de pagamento, demitiu um grande número de funcionários.
Fiquei desesperada! Já havia percebido que a educação era a minha vida e não poderia viver de outra forma. Busquei por diversos meios reaver meu cargo, mas foi tudo em vão, percebi que não poderia tê-lo de volta. Minha salvação foram as escolas particulares e algumas aulas pelo município, até poder voltar. Agora de acordo com a lei. Com nível superior e concurso público. Fiz o concurso em 2001, passei e fui chamada pra tomar posse no meu cargo de Professora Nível III em abril do mesmo ano. Em 2008, fui convidada a fazer parte da equipe do Gestar II em Cerejeiras como formadora de Língua Portuguesa, com o qual espero poder contribuir para a formação continuada de muitos outros colegas professores e, dessa forma, ajudar na melhoria do qualidade da educação que é oferecida aos nossos jovens estudantes, principalmente, daqueles que são foco do programa, de sexto ao nono ano.
E o futuro? A Deus pertence... Mas acredito que estou deixando a minha contribuição para que ele seja melhor.
Antes de completar sete anos, meu pai resolveu se mudar com a família para a capital de São Paulo, onde pretendia melhores oportunidades de emprego e estudo para os filhos.
A primeira escola de que me lembro ficava na capital de São Paulo, num bairro chamado Penha de França. Era um prédio de três andares e chamava-se Colégio Padre Antão. Eu me recordo bem das escadas, que era por onde eu, ainda criança, corria em busca da merenda e das brincadeiras do recreio. Na sala de aula, me recordo apenas de um professor de quinta-série. Ele era negro, alto, magro e muito sisudo, mas eu me identificava muito com ele, ele dava aulas de Português e, com certeza, foi o responsável pelo gosto que adquiri pela leitura.
O que mais me fascinavam eram os textos que me transportavam para um mundo de fantasia, cheio de emoção e de alegria. Eu me concentrava tanto nas leituras, nas histórias, que perdia a noção do tempo, da realidade, e muitas vezes fui repreendida duramente por isso, pois tinha que cuidar dos serviços da casa primeiro e, muitas vezes, me surpreendiam com um livro nas mãos, entretida com as aventuras dos personagens.
Pegava livros emprestados na biblioteca da escola, na biblioteca pública e dos meus professores. Adorava entrar em livrarias e sonhava em um dia poder adquirir todos aqueles livros ali expostos. Era meu sonho de consumo. Meus irmãos mais velhos também contribuíam trazendo material de leitura para mim. Gibis, revistas, livros os mais diversos, fotonovelas e outros. Tinha preferência por textos narrativos e que tivessem bastantes diálogos.
Aos onze anos de idade nos mudamos novamente. Agora para a cidade de Campo Grande. Ali, estudei numa escola muito boa, cujo nome homenageava o Padre Heitor Castoldi. Datam dessa época algumas lembranças muito boas como o contato com a música e as festas regionais.
Permanecemos somente um ano naquele lugar, de onde saímos atraídos pela possibilidade de adquirir um pedaço de terra. Viemos para Rondônia em 1978 e nos instalamos inicialmente na cidade de Colorado do Oeste e depois no sítio que meu pai ganhou do Incra.
Essa nova morada ficava localizada muito distante da cidade e, por isso, fui obrigada a interromper meus estudos na sétima série do ensino fundamental. Também rarearam as possibilidades de acesso a qualquer material de leitura, então lia o que me caía nas mãos.
Aos dezesseis anos me casei e, um ano depois, já era professora numa escolinha rural em turmas multisseriadas.
Logo em seguida me inscrevi num curso de formação de professores à distância, o Logos II.
Com minha sede de saber, consegui alcançar, nesse curso, um dos recordes dos quais me orgulho em meus estudos. Concluí o curso em menos de quatorze meses, realizando até quatorze provas em um só dia.
Assim “formada”, resolvi me mudar, com minha família para a cidade de Cerejeiras, quando fui trabalhar na Escola Tancredo Neves, isso em 1986.
Trabalhava com turmas do primário, segunda e terceira série, a maior parte do tempo.
Em 1995, surgiu a oportunidade de realizar mais um dos meus sonhos, um curso de graduação na área de Língua Portuguesa. Era um curso da UNIR, Universidade Federal de Rondônia. Quando comecei o curso, fui convidada a trabalhar com as séries finais do ensino fundamental e o ensino médio.
Em 2000, seis meses depois de minha formatura, fui surpreendida em minhas convicções pela demissão. O Governo do Estado, alegando a necessidade de enxugar a folha de pagamento, demitiu um grande número de funcionários.
Fiquei desesperada! Já havia percebido que a educação era a minha vida e não poderia viver de outra forma. Busquei por diversos meios reaver meu cargo, mas foi tudo em vão, percebi que não poderia tê-lo de volta. Minha salvação foram as escolas particulares e algumas aulas pelo município, até poder voltar. Agora de acordo com a lei. Com nível superior e concurso público. Fiz o concurso em 2001, passei e fui chamada pra tomar posse no meu cargo de Professora Nível III em abril do mesmo ano. Em 2008, fui convidada a fazer parte da equipe do Gestar II em Cerejeiras como formadora de Língua Portuguesa, com o qual espero poder contribuir para a formação continuada de muitos outros colegas professores e, dessa forma, ajudar na melhoria do qualidade da educação que é oferecida aos nossos jovens estudantes, principalmente, daqueles que são foco do programa, de sexto ao nono ano.
E o futuro? A Deus pertence... Mas acredito que estou deixando a minha contribuição para que ele seja melhor.
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